Teste avalia wi-fi grátis de Curitiba
Nem todos sabem, mas as ruas de Curitiba contam atualmente com onze pontos de acesso ao wi-fi livre e gratuito. Trata-se de um serviço criado ao longo dos últimos anos pela prefeitura e pensado para trabalhar, estudar ou simplesmente navegar ao ar livre. São cerca de 1.500 acessos únicos por dia, de acordo com o Instituto Curitiba de Informática (ICI)
Usando um notebook HP 650 e um iPad 16GB, a reportagem da Gazeta do Povo testou o serviço em praças, matrizes regionais e parques espalhados pela cidade. A velocidade de navegação foi medida com auxílio do site www.speedtest.net, por meio de seis testes (três efetuados com o iPad e três com o notebook).
As principais falhas foram encontradas no Parque Barigui, onde não foi possível se conectar pela falta de sinal. O teste foi realizado em dias e locais diferentes: na frente do bistrô Curitiba, ao lado do Salão Barigui e no Bar do Lago. “O sinal é muito ruim”, reclama Manoel Macedo de Araujo Neto, 17 anos, garçom. “Às vezes funciona por poucos minutos, mas só de manhã muito cedo”.
Na Rua da Cidadania do Boqueirão, a reportagem encontrou o melhor ping (tempo que um pacote de dados demora para ser enviado do computador ao servidor e voltar), 34 milisegundos. O local também teve a pior velocidade de download entre os locais visitados: apenas 0,48 megabits por segundo. Além disso, o sinal funciona apenas numa pequena área. “Aqui não pega, mas se funcionasse, poderia divulgar meu trabalho na internet”, explica a cabelereira Katrie Suelen da Silva de Deus, 19 anos, que trabalha no local.
No Mercado Municipal, a reportagem detectou o pior ping (325 milisegundos), uma das velocidades de download mais baixas (0,54 megabits por segundo). A pior velocidade de upload foi encontrada na rua da cidadania da Praça Rui Barbosa (0,12 milisegundos). A Praça da Espanha se revelou o ponto de acesso com o melhor desempenho: a velocidade de download ficou em 4,44 megabits por segundo, bem acima dos 2 megabits por segundos indicados pelo ICI como velocidade máxima. A velocidade de upload também ficou acima da média (1,37).
Bons desempenhos foram encontrados também no Largo da Ordem e no Jardim Botânico. Em geral, a reportagem conseguiu utilizar a conexão wi-fi em quase todos os locais e realizar tarefas básicas como navegar na internet, abrir a caixa de e-mail e assistir a vídeos no Youtube.
Desconhecimento
Sem saber da facilidade, cidadãos usam 3G paga
A falta de comunicação é uma das principais falhas apontadas pelos usuários do wi-fi gratuito em Curitiba. Na matriz da Praça Rui Barbosa, no Mercado Municipal, na Rua da Cidadania do bairro Boa Vista e na Rua da Cidadania do Boqueirão faltam placas informando a presença do sinal. Na Praça da Espanha, a placa foi parcialmente pichada.
Muitas das pessoas entrevistadas elogiaram a iniciativa, mas revelaram que não conheciam o serviço. Adriane Mendes, 39 anos, é funcionária da Rua da Cidadania da Boa Vista: “Trabalho aqui há muito tempo e nem sabia. Até agora usei a minha conexão da TIM”.
Assim como a advogada Lorayne Claudino, 29 anos, que costuma levar o notebook ao Barigui para estudar: “Nem sabia, não vi placas em lugar nenhum. Seria muito útil para mim. Sempre usei o meu pen drive com a conexão 3G”.
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