quarta-feira


Ritmo das obras da Copa precisa dobrar




O ritmo de execução dos projetos de mobilidade urbana da Copa do Mundo em Curitiba vai precisar dobrar nos próximos meses para que todas as obras sejam entregues dentro do prazo. A projeção foi feita com base no 6.º relatório da Comissão de Fiscalização da Copa 2014, divulgado neste mês pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). Segundo o documento, até maio, o ritmo médio mensal de avanço do cronograma físico/financeiro das obras foi de 3,73%. Para que tudo fique pronto até de junho de 2014, quando tem início o Mundial da Fifa, esse porcentual deverá saltar para 7,38%.

A tarefa não é fácil, principalmente quando se observa o ritmo atual desses trabalhos. Anunciada como sub-sede da Copa em maio de 2009, Curitiba viu suas primeiras obras para o evento saírem do papel apenas três anos depois. De lá para cá, somente a Rua da Pedreira, via de 7,6 quilômetros que liga Curitiba a Colombo e que entrou em obras em março deste ano, conseguiu manter o cronograma em dia. Na última medição, a intervenção tinha 5,13% dos serviços concluídos. 

Outras obras ainda não deslancharam. O trecho mu­­nicipal do Corredor Aeroporto–Rodoferroviária, por exemplo, teve 20,22% do cronograma dos lotes 2 e 3 executados – abaixo dos 39,97% previstos para os primeiros 11 meses de execução. Os lotes 1 e 4 da obra foram contratados no final de junho sob Regime Diferenciado de Contratação (RDC), uma nova modalidade de licitação criada justamente para acelerar as obras. 

Rodoferroviária 

A requalificação da Rodoferroviária, que nesta altura do campeonato deveria ter 32,94% do cronograma executado, estava em 22,19% na época da última medição. O baixo porcentual já coloca em risco a necessidade de testes prévios no terminal. 

“Ele será a principal porta de entrada de turistas na Copa e seria importante alguns meses de teste para avaliação da demanda e de toda parte logística”, opina o economista Ramiro Gonçalves, professor do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Paraná. 

A falta de testes prévios em Pernambuco, durante a Copa das Confederações, fez com que torcedores sofressem com filas para embarcar na estação Cosme Damião do Metrô – a mais próxima da Arena Pernambuco e inaugurada apenas seis dias antes do evento. O terminal ainda foi criticado por goteiras e sinalização inadequada. 

Outra preocupação paira sobre o ritmo de execução: a qualidade das obras. “Nessas situações podemos ter um consumo mais rápido de recursos e a possibilidade de perda de qualidade”, diz Ricardo Bertin, coordenador-adjunto do curso de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Ca­­tólica do Paraná. 

Medição do TCE não é perfeita, mas é a mais real, diz especialista 

As obras de mobilidade urbana da Copa em Curitiba têm financiamento do programa Pró-Transporte. Os repasses são feitos pela Caixa Econômica Federal e ocorrem por etapas, de acordo com medições que verificam o andamento da execução. É a partir dessas medições que o TCE-PR chega ao porcentual de realização de cada serviço. No caso do último relatório, a equipe técnica do tribunal somou todas as medições feitas até então – do início de cada obra até maio – e dividiu o resultado pelo valor total contratado. 

José Matias-Pereira, professor de Finanças Públicas da Universidade de Brasília (UnB), afirma que esse método é o que mais se aproxima da realidade, apesar da possibilidade de conter falhas. “Em princípio, você precisa usar da metodologia e também do bom senso”, pondera. 

Ele explica que há casos nos quais a empresa contratada executa serviços com recursos próprios, o que impede a medição da evolução por meio dos repasses financeiros. “Os gestores buscam um processo de entendimento com as empresas construtoras, que fazem o serviço para depois buscar o ressarcimento”, argumenta. 

O estádio do Corinthians, por exemplo, já tem mais de 80% de execução física e ainda não recebeu os R$ 400 milhões via empréstimo do BNDES.


terça-feira

IDH-M dos municípios paranaenses avança quase 50% em 20 anos

O Paraná foi um dos motores da melhoria de vida na média das cidades brasileiras durante as duas últimas décadas. Entre 1991 e 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do Brasil cresceu 47,5%, enquanto o paranaense subiu 47,7%. O avanço fez o estado chegar à quinta colocação entre as 27 unidades da federação, ultrapassando o Rio Grande do Sul. O Paraná não tem mais nenhuma cidade com IDH-M muito baixo, que é faixa que vai de 0 a 0,499.

Os dados foram divulgados ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Brasília, e seguem como referência os três últimos censos realizados no país – 1991, 2000 e 2010. Nesse período, o IDH-M do Brasil passou, respectivamente, de muito baixo (0,493) para médio (0,612) e alto (0,727).

Os números comprovam que as melhorias não aconteceram apenas recentemente, a partir da implantação de programas de distribuição de renda como o Bolsa Família. O índice seguiu uma tendência de alta similar nas duas décadas passadas, primeiro de 0,119 (24,1%) e depois de 0,115 (18,8%).

“O protagonista dessa mudança é o brasileiro. O Bolsa Família exerce um papel coadjuvante, embora merecesse o Oscar de ator coadjuvante”, avalia o presidente do Ipea e ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Néri.

Entre os três componentes do índice (longevidade, educação e renda), a educação foi o que mais avançou proporcionalmente, mas continua sendo o mais fraco – aumentou de 0,279 para 0,456 a 0,637.

Enquanto isso, a renda subiu de 0,647 para 0,692 e 0,739 e a longevidade de 0,662 para 0,816. “O Brasil tem demonstrado que é possível, em muito pouco tempo, mudar a condição de um país”, disse Jorge Chediek, o representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (Pnud) no Brasil.

Um grupo de 4.122 municípios (74% do total) encontra-se atualmente nas faixas de IDH-M médio ou alto. Só 44 cidades (0,8%), no entanto, fazem parte da faixa de desenvolvimento considerado muito alto (entre 0,800 e 1).

No Paraná, o maior avanço do índice (22,2%) ocorreu entre 1991 e 2000, quando houve um acréscimo de 0,143 – de 0,507 para 0,650. De 2000 a 2010, o crescimento perdeu força (14,06%) e ficou em 0,099 – de 0,650 para 0,749. Foi na última década, porém, que o estado superou o Rio Grande do Sul, cujo indicador passou de 0,664 (em 2000) para 0,746 (em 2010).

Assim como aconteceu com o Brasil, a educação foi o indicador com maior avanço no Paraná. Entre as três medições, subiu de 0,298 para 0,522 e 0,668. Já a renda cresceu de 0,644 para 0,704 e 0,754 e a longevidade, de 0,679 para 0,747 e 0,830.

Só 0,8% das cidades têm desenvolvimento muito alto no país

Apenas 44 cidades brasileiras tem um nível muito alto de desenvolvimento humano. De acordo com o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, para estar nessa categoria é preciso que as cidades tenham índices superiores a 0,800. A maior parte dos municípios nessa faixa de IDH-M se concentram nos estados de São Paulo (24) e Santa Catarina (11).

No Paraná, apenas Curitiba (0,823) e Maringá (0,808) atingiram o índice. Ainda estão na lista Rio Grande do Sul (1), Rio de Janeiro (1), Distrito Federal (1), Espírito Santo (2) e Minas Gerais (2).

Embora essas cidades representem menos de 1% do total de municípios do Brasil, alcançar esse patamar revela uma evolução no desenvolvimento brasileiro. Em 1991, nenhuma cidade alcançava sequer um índice de alto desenvolvimento: apenas 43 municípios estavam no nível médio, com notas entre 0,600 e 0,699. Por outro lado, a maioria dos municípios era considerada de muito baixo desenvolvimento humano: eram 4.777 municípios com índices até 0,499, o que representa quase 86% do total.

Em uma década, o panorama começou a mudar. São Caetano do Sul, em São Paulo, despontou como a cidade com maior IDH-M do país, posição que mantém até agora, 20 anos depois da primeira medição. Ao longo dessas duas décadas, o que se observou foi a diminuição das cidades com índices de muito baixo desenvolvimento, que passaram de 4.777 para 32, e uma concentração de municípios nas zonas de médio desenvolvimento, de 43 para 2.233, no intervalo entre 1991 e 2010.

No entanto, a divisão regional mostra que o desenvolvimento não ocorre no país de forma uniforme. Enquanto as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste não têm nenhuma cidade com índice de desenvolvimento muito baixo (abaixo de 0,499), no Norte e Nordeste não há sequer um município com IDH-M muito elevado (acima de 0,800).


segunda-feira

Tudo porcionado e entregue em casa. Aí fica fácil cozinhar qualquer prato




A ideia é bem interessante, principalmente para quem não é dos mais assíduos no fogão: cozinhar em casa sem ter de sair para compras. A partir de uma sugestão de receita, o cozinheiro (ou a cozinheira) recebe em casa todos os ingredientes, devidamente porcionados, acompanhados da receita e das dicas para a execução passo a passo do prato escolhido.

E olha que não é qualquer receita dessas do dia a dia. São pratos sofisticados, que certamente ganharão reconhecimento e elogios de quem tiver a oportunidade de degustá-los. Pode ser um Ragu de filé mignon com polenta trufada (R$ 67,90 – 2 pessoas), um Frango com shimeji ao vinho (R$ 39,90 – 2 pessoas) ou um Arroz de polvo (R$ 26,23 por pessoa). E ainda completar com uma sobremesa, de um Cheesecake de morango (R$ 29,50 – 10 porções) a um Petit gâteau de capim santo (R$ 20,80 – 12 porções). Há uma taxa de entrega de R$ 6 que não sei se já está embutida nesse preço ou é cobrada à parte.

A iniciativa é da empresária Catiuscia Padilha, proprietária da Servire, um novo serviço de delivery que acaba de chegar a Curitiba. Pioneira no Sul do Brasil, a empresa é especializada na entrega de “kits chef”, contendo receita, ingredientes e na medida exata para o preparo de uma refeição. São produtos frescos, de qualidade e já chegam lavados e cortados. Há porções para duas ou quatro pessoas e em cada embalagem consta a ordem para a execução.

No site da empresa (pareceu-me um pouco lento, será pela boa procura?) há diversas opções de carnes, aves, peixes, frutos do mar, massas, risotos, sopas e sobremesas. As receitas são colecionáveis e trazem o passo a passo, o nível de dificuldade, o tempo e os itens utilizados para o preparo. O cardápio da Servire foi sugerido por um chef de cozinha, que detalhou o preparo de cada prato.

E ainda tem vinho, para quem quiser a refeição harmonizada. A Servire também oferece a opção do kit chef mais um vinho para acompanhar o prato. Por encomenda da empresa, um sommelier harmonizou os vinhos e os pratos. As bebidas, como espumantes e vinhos brancos, tintos e rosés, também são vendidas separadamente. O site ainda oferece produtos avulsos, como molhos, temperos e azeites.

Para os pedidos feitos até as 10h, pela internet, a entrega é realizada no mesmo dia, das 18h às 20h (todos os dias, incluindo fins de semana). Os preços variam de acordo com o rendimento de porções. A maioria das opções serve duas e quatro pessoas e para quem optar pela sugestão do vinho harmonizado ganha desconto no combo. Na primeira compra, o cliente recebe um box para guardar e colecionar as receitas. O pagamento pode ser feito com cartões de crédito, PayPal, e débito online para alguns bancos.

Prós e contras

Como deu para perceber é mão na roda para quem não tem muito tempo para se dedicar à cozinha. Cozinheiros eventuais, que de vez em quando pretendem comer bem sem sair de casa e que, na maioria das vezes, não têm os ingredientes em sua despensa.

Para quem vive a cozinha mais intensamente talvez não seja necessariamente a melhor opção – nem a mais econômica. Pelo menos em algumas das receitas, cujos ingredientes já tendem a compor o estoque caseiro. Vamos tentar fazer um exercício de imaginação com uma receita qualquer. Risoto de camarão ao limão siciliano, por exemplo. Leva manteiga, cebola, camarões, vinho branco, caldo de legumes, arroz arbóreo (ou carnaroli), raspas de limão siciliano, queijo parmesão, sal e pimenta-do-reino – numa receita genérica. A rigor o cozinheiro teria de comprar apenas os camarões e o limão siciliano, pois o restante normalmente se encontraria em casa.

E aí vem a pergunta: haveria a possibilidade de o interessado adquirir apenas os ingredientes não disponíveis de momento ou não tem como deixar de receber aquilo que já possua mesmo em fartura?

Mas, de qualquer forma, trata-se de uma iniciativa bem conveniente. Melhor ainda seria se o horário pudesse ser um pouco mais aberto, com pedidos pelo menos até o meio dia, que é quando talvez se imagine o que comer no jantar. Imagino que o limite das 10h se dê por questões de logística, para garantir presteza na entrega.

Servire – A casa do chef

sexta-feira

O inverno e os chocolates!!


kitChocolate quente
Inverno chama chocolate, não é mesmo?

Não por acaso começam a aparecer as promoções e os lançamentos de produtos especialmente para esses dias de frio que estamos vivendo. Como o chocolate quente da Cuore di Cacao, por exemplo. Lançado neste ano (confira postagem aqui), o chocolate Ouro Negro (ON) da Cuore di Cacao, produzido com amêndoas 100% brasileiras, selecionadas de premiados produtores de cacau da Bahia, ganhou agora a versão chocolate quente, servidos nas próprias lojas. O FrissON, chocolate quente com o exclusivo ON.70 (R$14,00), tem bom equilíbrio entre amargor e doçura e suaves toques cítricos. O ON aime ça!, chocolate quente com o também exclusivo ON.42(R$14,00), é menos doce, com toques de castanhas.Uma terceira opção é o chocolate quente com especiarias, com equilibrado sabor de cacau incrementado com especiarias como canela, cardamomo, cravo gengibre e anis estrelado.

E a fondue é indispensável. Neste ano vem em uma versão feita com o chocolate ON.42 (R$52,00) para duas pessoas, com acompanhamento de morangos desidratados, damascos, cerejas, banana, biscoitos de limão e marshmalows.

Uma das novidades do cardápio da Cuore di Cacao é que os clientes agora podem escolher o chocolate de sua preferência de acordo com uma escala de doçura, que varia de doce intenso a doce, equilibrado e suavemente doce e a amargor + destacado.

Outra nota saborosa é o kit chocolate quente, permitindo que se prepare em casa o chocolate quente servido na Cuore di Cacao. O kit para presente contém 1 pacote com mistura para chocolate quente, 2 copinhos de cerâmica e marshmalows (R$ 52,00) – e há também o refil com a mistura (290g / R$ 28,00).

Chocolate e Porto


Na ICAB Chocolates a novidade é uma combinação de chocolate e vinho – tinto ou do Porto. A chocolateria curitibana acaba de lançar um kit especial composto por uma seleção de bombons, acompanhada de um vinho tinto ou do porto (este, acho que tem muito mais a ver). Os bombons são um mix dos sabores preferidos pelos clientes e os clássicos da ICAB, entre as mais de 30 alternativas da marca, como o suíço, o preto e branco e o tartufo.

O Kit especial com caixa de bombons sortidos ICAB e vinho tinto ou do porto custa R$120,00.

Nhá Benta Desserts


A Kopenhagen, que completa 85 anos, lança a linha Nhá Benta Desserts, que chegou as lojas da rede em duas versões recheadas de frutas vermelhas.

A Nhá Benta Dessert Tradicional é feita de marshmallow tradicional recheado com geleia de frutas vermelhas e coberto com chocolate ao leite, enquanto a Nhá Benta Dessert Frutas Vermelhaspossui marshmallow sabor de frutas vermelhas recheado com geleia de frutas vermelhas e coberto com chocolate ao leite.

Confira a linha completa da Nhá Benta Dessert:
Nhá Benta Dessert Frutas Vermelhas – (50g) – R$9,00
Nhá Benta Dessert Frutas Vermelhas – (105g) – embalagem com 3 unidades – R$20,20
Nhá Benta Dessert Tradicional – (50g) -R$9,00
Nhá Benta Dessert Tradicional – (105g) – embalagem com 3 unidades – R$20,20

terça-feira

Neve chega a Curitiba e região metropolitana


 Albari Rosa/Agência de Notícias Gazeta do Povo / Registro de neve em Fazenda Rio Grande

A neve chegou a Curitiba e região metropolitana na manhã desta terça-feira (23). O fenômeno foi confirmado por registros fotográficos e vídeos enviados por leitores e repórteres da Gazeta do Povo. O fenômeno pôde ser observado a partir das 8 horas, em alguns pontos da região sul da cidade.

As temperaturas baixas que atingem o Paraná entre a noite desta segunda (22) e terça-feira (23) fizeram cair neve em pelo menos dez cidades do estado. O Instituto Tecnológico Simepar relata que o número pode aumentar, já que depende de registros de moradores das regiões onde ocorreu o fenômeno para confirmar o fenômeno.

Até às 7h50, de acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, Araucária, na região metropolitana de Curitiba, já tinha a confirmação do fenômeno. Nas cidades próximas à divisa com Santa Catarina, também havia registro comprovado por fotografias pelo instituto em São Mateus do Sul, Pinhão, União da Vitória, Guarapuava, Lapa, Toledo, Palmas, Paula Freitas e Irati. Um repórter da Gazeta do Povo relatou que o fenômeno podia ser observado em Fazenda Rio Grande nesta manhã.

Em Curitiba, algumas pessoas relataram o registro de chuva congelada, uma espécie de fase anterior à ocorrência de neve. De acordo com o meteorologista do Simepar, Lizandro Jacobsen, quanto mais ao sul da capital, maior a chance de ocorrer o congelamento da chuva. “Ficou um pouco mais difícil de nevar em Curitiba porque o resfriamento diminuiu um pouco [às 7h45], mas a chuva congelada tem uma grande chance de ocorrer.”

Em vários municípios paranaenses houve registro de um fenômeno meteorológico semelhante, a chuva congelada, conhecida como “sleet”. A técnica em meteorologia do Instituto Somar Patrícia Vieira explica que a diferença começa já em sua formação. “A chuva congelada acontece quando as gotas de chuva congelam conforme estão caindo. Com a neve, o floco se forma já nas nuvens”, diz. “Quando a neve cai no chão, ela continua por ali. Com a chuva congelada, as gotas derretem assim que tocam alguma superfície”, completa.

Em todo o estado houve registro de temperaturas muito baixas nesta manhã, principalmente em Palmas, com -2Cº. Na capital, a mínima até às 7h45 foi de 2ºC, mas a sensação térmica chegou a -3º, conforme o instituto. Ao longo do dia, a temperatura deve subir pouco, chegando no máximo a 7º.

Não há um instrumento que consiga precisar se houve ou não neve, e, para que o fenômeno possa ser comprovado, o Simepar precisa da ajuda dos cidadãos. “Pedimos que as pessoas nos enviem fotos e vídeos daquilo que eles acreditam ser neve para que possamos verificar e registrar a ocorrência”, informa Jacóbsen.

Com neve ou sem neve, as temperaturas vão continuar baixas no Paraná. Em Curitiba, a máxima não deve passar dos oito graus. Em Palmas, a mínima pode chegar até os três graus negativos. A partir de quarta-feira, a tendência é que a umidade diminua bastante, o que deve fazer com que o estado registre fortes geadas.
 

 

segunda-feira


Sul do país registra primeira neve do ano nesta segunda-feira


A cidade de São Joaquim, na serra catarinense, registrou a primeira ocorrência de neve por volta das 4h30 desta segunda-feira. O fenômeno voltou a ocorrer pela manhã. Segundo a Epagri/Ciram, também nevou em outros municípios catarinenses, como Lages, São Miguel do Oeste, Pinhalzinho, Chapecó e Xanxerê.

"Neve em Chapecó e nas cidades do oeste é pouco frequente, mas não é algo raro", informou o meteorologista Marcelo Martins. Segundo ele, foi registrado ainda chuva congelada em São Joaquim, Catanduvas, Xanxerê, Água Doce, Campos Novos, Joaçaba e São Domingos. 

De acordo com a Epagri/Ciram, o Estado teve temperaturas negativas no início da manhã em Água Doce (-0,4ºC), São Joaquim (-0,5ºC) e no Morro da Igreja, divisa dos municípios de Bom Jardim da Serra, Orleans e Urubici (-0,3ºC). A previsão é que o frio se torne mais intenso no decorrer do dia. 

Há registros de neve também em São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul. O fenômeno teria começado por volta das 5h30. No início da manhã, muitos aproveitaram a neve acumulada para fazer bonecos. 

O frio intenso é provocado por uma super onda de frio que começou a invadir o Brasil nesta segunda-feira. Quase todo o Rio Grande do Sul, o centro oeste, sul de Santa Catarina e o sul do Paraná registravam temperatura abaixo de 5°C por volta das 6h da manhã. 

Como o frio intenso persiste e a umidade continua alta na maior parte do Sul do Brasil, a previsão da Climatempo indica que isso favorecer a queda de neve ao longo do dia em áreas de planalto e serra do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e o sul do Paraná. "A condição é de neve que possa acumular, mas ficará mais propício nas partes mais altas do planalto sul do Estado, como São Joaquim, Bom Jardim, Painel, Urubici e Urupema", informou Martins. 

Possibilidade de neve em Curitiba

Na terça-feira, as condições para a ocorrência de neve persistem sobre parte do Sul do Brasil. Há possibilidade do fenômeno da madrugada de terça-feira no leste do Paraná, incluindo áreas da Grande Curitiba. 

De acordo com a Climatempo, a última vez que nevou na capital paranaense foi em 1975, uma histórica nevada que cobriu Curitiba com uma grossa camada de neve. Outras áreas no centro-sul do Paraná também poderá registrar o fenômeno. Áreas de planalto e serra de Santa Catarina e a serra do Rio Grande do Sul ainda poderão ter mais neve nesta terça-feira.

sexta-feira

Instituto prevê neve para Curitiba na quarta-feira

Instituto prevê neve para Curitiba na quarta-feira

Se a previsão anterior era de neve apenas para cidades da região Sul, como General Carneiro e Guarapuava, agora os curitibanos podem sim ficar mais apreensivos para a chegada da neve, depois de 38 anos. De acordo com a previsão do Instituto Meteorológico Somar, pode nevar em Curitiba na próxima quarta-feira, dia 24 de julho.

A forte chuva que poderá trazer a neve já começou nesta sexta-feira (19). A partir de segunda-feira (22) deve parar de cair água e o que pode cair do céu serão flocos de gelo. Se a previsão vai se concretizar, ninguém sabe, porém os curitibanos já se preparam para a neve.

quinta-feira

Próxima semana deve ser a mais fria do ano no PR

Daniel Castellano/Gazeta do Povo / Capa da Gazeta do Povo de 18 de julho de 1975 com a notícia da neve que havia caído em Curitiba no dia anterior

O estado do Paraná deve registrar as temperaturas mais baixas do ano a partir da próxima segunda-feira (22). De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, na terça-feira (23) Curitiba pode amanhecer com 3°C negativos. Neste dia, a região sul do estado deve registrar - 5°C. É muito provável, segundo o Simepar, que haja geadas e chuvas congeladas nestas áreas, mas a possibilidade de neve ainda é remota. 

“Não está descartada a possibilidade de neve no sul do estado e até em Curitiba, mas ainda é cedo para fazer um prognóstico”, afirma Sheila Paz, meteorologista do instituto. “Não basta o tempo frio para que tenhamos neve. Precisamos de condições de umidade que podem não acontecer. Daqui a dois dias, imaginamos, vai ser possível fazer uma estimativa mais precisa”, informou.

Última ocorrência de neve em Curitiba completa 38 anos 

No dia 17 de julho de 1975, a capital paranaense viu neve pela última vez. Uma coincidência climática, que somou temperatura abaixo dos 2ºC negativos e chuva fina, produziu um fenômeno raro em Curitiba. Antes deste dia, segundo o Simepar, a última ocorrência de neve em Curitiba havia sido em 1928.

segunda-feira

Festas animam férias de julho no Paraná

Divulgação / Carneiro no Buraco, em Campo Mourão

O mês tem agenda intensa nos municípios paranaenses. Veja as principais festas no interior e litoral

10º Festival de Arte e Cultura Popular, em Paranaguá
De 16 a 21 de julho, na Praça de Eventos 29 de julho. Oficinas gratuitas de entalhe em madeira, desenho, artesanato em argila, cerâmica e cipó, violão, vídeo, cenografia, monotipia, caricatura, curtume, teatro de bonecos, canto, dança, entre outras. Programação completa no site www.fafipar.br.
Festival de Inverno da UFPR, em Antonina
De 13 a 20 de julho, no setor histórico do município. Considerado um dos maiores festivais de cultura do país, oferece oficinas nas áreas de música, dança, artes cênicas, artesanato para crianças, jovens e adultos além de exposições, espetáculos e shows do erudito ao popular.
Festa do Divino 2013, em Guaratuba
De 12 a 21 de julho, na Praça em frente à Paróquia N. Srª. do Bom Sucesso, no centro. O padre Reginaldo Manzotti faz o show de abertura na sexta-feira, às 19 horas. A festa atrai fiéis e visitantes.
Informações sobre o calendário de festividades do estado no site www.setu.pr.gov.br.
Festival de Inverno da UFPR movimenta Antonina no fim de semana


Até o dia 20 de julho, as ruas de Antonina ficarão movimentadas com o 23.º Festival de Inverno de Antonina. Atividades culturais e recreativas atraíram moradores e turistas para a cidade na tarde deste domingo (14), que se concentram na praça central. No sábado (13) foi realizada a abertura oficial com o show da banda Os Mutantes. O evento é promovido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Prefeitura de Antonina e oferece apresentações gratuitas e oficinas.

Ao longo de toda tarde de domingo, crianças puderam brincar na praça central de Antonina. Alunos e professores de Educação Físicas da UFPR promoveram jogos lúdicos e educativos, como explica uma das coordenadoras, a professora Simone Rechia. “É a democratização do espaço público. São atividades que estimulam as práticas corporais. As brincadeiras são pensadas para várias faixas etárias,” disse. A ação acontece das 14 às 17h30 até o final do festival.

A praça e ruas estavam cheias de moradores da cidade e também turistas, que ajudam a estimular a economia local. A proprietária do restaurante Buganvil, Anny Snoeijer, que fica em frente à praça central, comemorou o aumento no movimento. “Em média eu costumo atender 120 pessoas no almoço de domingo. Mas hoje dobrei este número,” contou.

Nos próximos dias haverá mais espetáculos. Nesta segunda-feira (15), a partir das 12h30 no Teatro Municipal, acontece a peça Quando Tudo Cresceu. No mesmo local, será apresentado o espetáculo Tribobó Litoral City em dois horários: às 18h30 e às 21 horas.

Na Igreja São Benedito, a partir das 20 horas, o grupo Rosa Armorial lança seu CD com a apresentação que mescla o repertório tradicional da música armorial aos elementos do folclore e da música atual paranaense. Às 22 horas o grupo de músicos de Antonina, Fazueira, se apresenta no palco principal com vários estilos da música brasileira.

Foram encerradas as inscrições das oficinas que começam a partir desta segunda. Há atividades voltadas para crianças, adultos, além das de Aprimoramento e Arte-Educação. No total, foram mil vagas distribuídas em 25 oficinas.

quinta-feira

Foz do Iguaçu


Fortes emoções na próxima visita a Foz


Imagine admirar pontos e atrativos turísticos como as Cataratas do Iguaçu, Itaipu, Ponte da Amizade e a região de Tríplice Fronteira por ângulos diferentes dos que costumam aparecer nos cartõ­es postais. Some a isso boas doses de adrenalina que os esportes de aventura – como paraquedismo, rafting e rapel – são capazes de proporcionar. Em Foz do Iguaçu, emoções extremas e contemplação fazem parte do mesmo roteiro. É um convite irrecusável a se lançar (literalmente) nessa. E vale a pena!

Os olhos dos aficionados em adrenalina se voltaram definitivamente para Foz a partir de abril, quando a cidade sediou o X-Games. Era o impulso que faltava. Com infraestrutura e atrativos turísticos que dispensam apresentações, Foz vai se consolidando no segmento. Há quem já a eleja como a “capital dos esportes radicais”.

Não é para menos. Além do típico friozinho na barriga causado pelas atividades, o turista tem à disposição um visual único. No salto de paraquedas, lá de cima, dá para se deliciar com a imensidão do Lago de Itaipu e com a névoa das Cataratas. Ao mesmo tempo, é possível localizar o lado paraguaio e o argentino da Tríplice Fronteira. Uma experiência e tanto.

No Parque Nacional do Iguaçu, o cardápio de atividades de aventura oferece visões impressionantes das Cataratas e contato direto com a natureza. São cinco modalidades: rafting, rapel, arvorismo, trilhas e Macuco Safári. Nos passeios que envolvem água – acredite – chega-se a entrar sob as quedas. O banho no Iguaçu é para lavar a alma. Nas trilhas, é bom ficar atento: é fácil ver os macacos saltando entre árvores, inúmeras aves e os notáveis quatis.

Proximidade

Uma das vantagens do circuito radical de Foz é que, como os pontos de início das atividades são próximos, é possível fazer várias aventuras em pouco tempo. Com um mínimo de planejamento – e se o bom tempo deixar – é possível curtir todas as modalidades em três ou quatro dias. Haja fôlego e pique, mas é recompensador.

Paisagens incríveis a 3 mil metros do chão

A 3 mil metros de altura, a porta do avião se abre. Com o vento no rosto, a vertigem vem acompanhada de um grande deslumbramento: lá embaixo, o Lago de Itaipu se apresenta, vasto e imponente. Um pouco mais à esquerda, estão as Cataratas do Iguaçu. O desejo de saltar fica maior que o receio inicial. Quando menos se espera, começa a queda livre, a mais de 200 quilômetros por hora.

Em uma fração de segundo, a adrenalina parece passear pelo corpo, traduzin­do-se no inevitável frio na barriga. As reações são variadas: gritos, sorrisos, caretas ou gestos frenéticos. Mesmo com a profusão de emoções, a aventura torna-se contemplativa. Afinal, é impossível não ficar extasiado com o visual lá do alto.

A queda livre dura cerca de 40 segundos, até que o paraquedas se abra. Pronto! Agora é hora de apreciar a paisagem e brincar de encontrar os pontos turísticos. De quebra, o instrutor ainda deixa o saltador controlar o equipamento, em curvas suaves pelo céu. De lá, ­tem-se a noção da imensidão do mundo e da reduzida condição humana. Sim, a atividade é de aventura, mas também tem pitadas filosóficas.

Já no chão, meia hora depois, a endorfina ainda bate forte, provocando aquela sensação de bem-estar. As noções de tempo e espaço deixam de ser precisas. Afinal, do salto ao pouso, são cerca de sete minutos. Mas os reflexos da aventura vão continuar para sempre.

Para saltar

A modalidade está disponível desde maio deste ano, sob operação da Skydive Foz. A intenção de oferecer os saltos foi unir a adrenalina da atividade ao atrativo turístico de Foz do Iguaçu. “Essa vista a pessoa não vai encontrar em lugar nenhum do mundo. Além de saltar, a paisagem é única”, diz o proprietário da Skydive Foz, Thiago Peretti.

Os saltos são duplos: o visitante sai do avião conectado a um instrutor experiente (todos com pelo menos 3 mil saltos no currículo). Antes de se jogar, é preciso passar por uma aula de instrução e de procedimentos, que dura 15 minutos. Também está disponível um curso de dez horas (o AFF, ou Accelerated Free Fall) para saltar sozinho.

O profissionalismo da equipe faz com que mesmo os menos corajosos se acalmem e curtam a experiência. Ponto positivo para os equipamentos novos e modernos, que reforçam a sensação de segurança. É saltar e se divertir.

terça-feira

Cataratas do Iguaçu

Lado argentino das Cataratas fica fechado até fim de julho


O acesso Garganta do Diabo, principal atração das Cataratas do Iguaçu, permanecerá fechada por pelo menos 30 dias do lado argentino devido às obras de manutenção necessárias nas passarelas após a forte cheia das águas, confirmaram na terça-feira (02) à Agência Efe fontes do parque.

A manutenção das passarelas que levam à queda da Garganta do Diabo será prorrogada por um mês, e as obras só poderão ser iniciadas quando as águas recuperarem um nível que permita realizá-las com segurança.

O acesso argentino ao circuito das Cataratas do Iguaçu está fechado desde 27 de junho devido às fortes chuvas que atingiram as bacias dos rios Iguaçu e Paraná.

As chuvas e o aumento do nível do rio causaram danos em parte dos 1.100 metros de passarelas metálicas que compõem o Passeio Garganta do Diabo e levam ao mirante.

No entanto, os pilares de concreto da estrutura não foram comprometidos pela força de água e não precisarão de consertos.

As Cataratas do Iguaçu, declaradas no ano passado uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, têm 2.700 metros de altura e 275 cascatas.

No lado brasileiro, a passarela que leva à queda ficou fechada a 22 a 28 de junho por medidas de segurança mas, por não ter sido danificada, já foi reaberta e funciona normalmente.

sexta-feira

Motoristas e cobradores podem parar por uma hora em mobilização do dia 11 de julho

Motoristas e cobradores podem parar por uma hora em mobilização do dia 11 de julho



Motoristas e cobradores podem fazer uma paralisação de uma hora na mobilização nacional que está marcada para o dia 11 de julho. Será o Dia Nacional de Luta, com mobilizações, paralisações e greves. Os atos estão sendo programados separadamente pelas centrais sindicais. Os ônibus de Curitiba sairão das garagens, mas podem parar durante uma hora nas ruas da capital. Essa paralisação será parecida com a última, que aconteceu dia 29 de maio, onde a categoria pediu mais segurança no trabalho. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores Anderson Teixeira, ônibus em horário de pico não será afetado. “Estamos estudando qual será a nossa forma de mobilizar e vamos divulgar em breve até para mostrara transparência do sindicato e também para os trabalhadores que utilizam o transporte público não sejam pegos de surpresa”, explicou, em entrevista à Banda B. 

O objetivo do protesto, para o presidente, é unir forças para a melhoria em setores gerais e também aos trabalhadores do transporte coletivo. “Aqui no Paraná haverá mobilizações em diversos setores acionados da Força Sindical. E o Sindimoc também vai estar mobilizado a partir das 16 horas, na Praça Rui Barbosa, onde vamos estar com os trabalhadores, apresentando a pauta deles para que chegue até o Congresso e a presidente Dilma algumas reivindicações da categoria”, explicou. 

Será um protesto pela falta de atendimento das reivindicações. Segundo o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT), três anos depois de a presidente Dilma ser eleita, nada da pauta trabalhista foi cumprido. O presidente da Força garantiu que as manifestações serão pacíficas. 

A não nomeação do vereador Rogério Campos (PSC), que já trabalhou como motorista e cobrador de ônibus e representa a categoria na Câmara Municipal de Curitiba, para compor a CPI da Urbs causou estranheza ao presidente do Sindimoc. Durante a entrevista, ao ser questionado sobre a não inclusão do vereador na CPI, o presidente foi enfático. 

“Ficamos espantados e nos causou estranheza essa posição da CPI, até mesmo porque o vereador é trabalhador nesta categoria, auxiliou em vários pontos e quando tinha a oportunidade de fazer parte de uma investigação ele foi tirado pelo um líder do partido PSC. Ele estava sendo cotado para ser presidente da comissão”, disse. 

Ainda, segundo o presidente, uma carga de repúdio foi feita pelo sindicato contra os vereadores que não indicaram Rogério Campos para a equipe. “Mesmo assim deixamos claro que queremos que a CPI faça um bom trabalho de investigação, principalmente ouvindo o trabalhador. Vamos acompanhar cada passo desta CPI e caso a gente note que estão sendo tendenciosos ou que o foco está mudando, com certeza, vamos se opor contra isso”, finalizou.

Fonte: R7

quarta-feira

Grafite vence a pichação e propicia galeria a céu aberto

Grafite vence a pichação e propicia galeria a céu aberto


Valmor Maiochi, 48 anos, não imaginava. Mas a solução para acabar com as pichações semanais na porta de aço de seu comércio estava justamente... em uma lata de spray. No final do mês passado, ele e outros 22 comerciantes da Rua São Francisco cederam o espaço da fachada de seus estabelecimentos para o grafite. Como resultado, a via se transformou em uma galeria de arte a céu aberto – cujo tema central era Curitiba e a obra do santo que batiza a estreita via do Centro da capital paranaense.

“Nunca pensei que a solução para a pichação fosse o grafite. Mas ficou ótimo e recomendo a todos os lojistas. Pela primeira vez, minha porta não é pichada após ser pintada”, diz Maiochi, proprietário da cinquentenária Confeitaria Blumenau.

A ação ocorreu no penúltimo domingo de junho (23) e fez parte do Projeto Arte Urbana – Memórias de Curitiba, coordenada pela Associação Comercial do Paraná (ACP). Apesar da escolha dos dois temas centrais, Iroclê Wykrota, consultora do projeto, afirma que o resultado teve o toque de criatividade dos grafiteiros.

“Pesquisamos muito e colocamos as ideias para os artistas, mas cada um trouxe sua visão para dentro dos temas escolhidos”, explica a consultora, que ressaltou a participação dos comerciantes. “Muitos tinham receio de como o tema seria abordado, mas depois eles acabaram participando e tentamos aproximar alguns desenhos à atividade desenvolvida no local”.

Apesar dos comerciantes verem o grafite como uma saída para a pichação, grafiteiro e pichador veem a situação de forma diferente. Nem um nem outro, como diz a gíria, “atropela” o trabalho alheio e, para grafitar uma área onde estava uma pichação, há a necessidade de autorização prévia de quem terá o desenho apagado.

“Na porta que pintei tinha uma pichação de um conhecido e liguei para ele pedindo autorização para fazer o grafite”, diz João Paulo Rotava, o “Bolacha”, que grafitou a imagem de São Francisco em um dos comércios da rua de mesmo nome.

De acordo com a coordenadora do projeto, nas próximas semanas, mais comércios da cidade deverão ganhar grafites. “Nossa ideia é expandir para outras ruas onde o problema da pichação seja recorrente”, adiantou – no último domingo, portas de aço na Rua Clotário Portugal, no São Francisco, também foram grafitadas. No final da tarde de ontem, a galeria a céu aberto do São Francisco foi oficialmente inaugurada com a fixação de placas ao lado das portas pintadas.