segunda-feira


Só 13 graduações do Paraná têm nota máxima em avaliação.

Entre as instituições do estado, nenhuma conseguiu nível de excelência pela avaliação do MEC.
Apenas 13 dos 437 cursos de graduação do Paraná avaliados pelo Ministério da Educação (MEC) em 2011 obtiveram conceito máximo de qualidade. Os dados são do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador que considera fatores como desempenho dos graduandos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), a titulação dos professores e a infraestrutura do curso. A escala varia de 1 a 5, sendo os resultados 1 e 2 considerados fracos, o índice 3 satisfatório e os 4 e 5 de boa qualidade.

O CPC avalia cursos diferentes a cada ano, contemplando todas as áreas do conhecimento a cada três anos. O indicador é parte da composição que define o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), indicador de qualidade de instituições de educação superior, divulgado no início do mês.
No Paraná, 34 cursos tiveram desempenho inferior ao esperado, com notas abaixo de 2. Na média, porém, o estado segue a tendência nacional, já que a maioria dos cursos têm nota 3 – veja infográfico. Em todo o país, os cursos com baixo CPC somam 794 e devem passar por avaliações in loco do MEC, correndo o risco de terem processo seletivo de ingresso paralisado ou serem cancelados.

UFPR

Dos 171 cursos brasileiros que tiveram a nota máxima no último ano está o Bacharelado em Letras, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Na outra ponta, três cursos da universidade ficaram com notas abaixo de 2. Segundo Valmir França, coordenador de Políticas de Avaliação Institucional de Ensino da instituição, nos últimos três anos o MEC tem reforçando a fiscalização das universidades e a qualidade do ensino passa por isso. “Estamos fazendo estudos para avaliar o que está acontecendo nesses cursos e também nos que tiveram nota 3, que mostra desempenho satisfatório, mas está no meio termo”, conta.

Para França, as melhorias no desempenho dos cursos do ensino superior de uma forma geral deve demorar de dois a três ciclos para aparecerem. “É um processo de um sistema complexo que tem muitas variáveis, que passam pela qualidade do aluno que chega ao nível superior, qualidade do ensino, investimento em professores e de infraestrutura”, diz.

A força dos estudantes

Dona de cinco cursos com CPC máximo e sem nenhum com notas abaixo do nível satisfatório, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) recebeu conceito 4 no IGC, a nota mais alta entre as universidades brasileiras, já que nenhuma atingiu o grau máximo, que é 5. Segundo o diretor de graduação da UTFPR Álvaro Peixoto de Alencar Neto, a conscientização dos alunos ajudou. “No passado tínhamos dificuldades, pois havia alunos que não davam importância para o Enade e não respondiam de forma coerente o questionário sobre a organização pedagógica e infraestrutura da universidade”, diz.

Fonte: Gazeta do Povo.

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