quinta-feira


Bairros de Curitiba terão encenações da Paixão de Cristo

Cena do espetáculo da Equipe Teatral Arte e Vida

Praças e espaços comunitários dos bairros de Curitiba abrigam nesta Sexta-Feira Santa (29) oito espetáculos que revivem a Paixão de Cristo. As encenações acontecem no Uberaba, Bairro Novo, Abranches, Pinheirinho, Xaxim, São Braz e Santa Quitéria. No Pinheirinho, haverá espetáculo em dois locais. Os grupos teatrais foram selecionados por meio de edital da Fundação Cultural de Curitiba e receberam apoio financeiro para as montagens, dentro da proposta de valorizar as tradições populares.

Um dos espetáculos mais tradicionais é o do Grupo Lanteri, que há 35 anos encena “Vida, Paixão e Morte de Jesus Cristo”. Desde 1991 o espetáculo ocupava a Pedreira Paulo Leminski, que este ano está em reformas. Por essa razão, a superprodução, que envolve perto de 1.200 pessoas, entre atores e figurantes, será apresentada desta vez no Bio Parque, no bairro Uberaba, às 19h. O ingresso consiste na doação de um quilo de alimento não perecível, que posteriormente será distribuído a instituições assistenciais.

A montagem do Lanteri apresenta de forma dinâmica as principais passagens da vida de Jesus Cristo. Entre as cenas retratadas estão o batismo, o sermão da montanha, a cura do cego, a ressurreição de Lázaro, o apedrejamento da mulher adúltera, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, a Santa Ceia, a Crucificação e a Ressurreição de Cristo, despertando a emoção da plateia. Para dar vida às cenas, o Grupo Lanteri espalha som e luz pelos diferentes palcos, além de acrescentar vários efeitos especiais.

Outros espetáculos também constam há alguns anos na programação da Semana Santa, em Curitiba. A Equipe Teatral Arte e Vida, que se apresenta na Rua da Cidadania Bairro Novo, é um grupo amador que reúne mais de 200 componentes, entre atores, figurantes e técnicos. Foi criado em 2002, resultado da união entre os membros de grupos de jovens da Igreja Católica e o apoio da Fundação Cultural de Curitiba. O espetáculo tem 34 cenas, que mostram desde o batismo até a Crucificação e Ressurreição de Cristo, com figurinos e cenários criados pelos próprios componentes do grupo. A montagem ocupa três palcos principais, com a utilização de som e iluminação profissionais.

A Associação Cultural Êxodus, que responde pela apresentação no Bairro Abranches, reúne 300 integrantes, entre atores e técnicos. Tem cenários e figurinos confeccionados pelos próprios componentes do grupo. A encenação empresta às cenas bíblicas grande realismo e todos os anos também atrai milhares de espectadores.

Além desses grupos, mais cinco produções preparam-se para emocionar o público na Sexta-feira Santa. Duas delas acontecem no Pinheirinho – a do grupo de Jovens Mãe Maria, da Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos, e a montagem da comunidade do Santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração. O Grupo Lemuel, da Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, faz apresentação no Bairro São Braz. No Bairro Santa Quitéria, a atração fica por conta do Grupo JUC – Obras de Assistência Dom Orione; e no Xaxim, a Paixão de Cristo será encenada pelo Grupo de Teatro Amor em Cena, da Paróquia São Francisco de Assis.

Serviço
Encenações da Paixão de Cristo
Data: 29 de março de 2013 (Sexta-Feira Santa)

Locais e horários:

Uberaba (Bio Parque – Av. Senador Salgado Filho, 7.636) – às 19h, apresentação de “Vida, Paixão e Morte de Jesus Cristo” pelo Grupo Lanteri. Ingresso: doação de um quilo de alimento não perecível. Contato com o grupo: (41) 3039-0617 e (41) 9935-8698

Bairro Novo (Rua da Cidadania Bairro Novo – R. Tijucas do Sul, 1.700) – às 20h, espetáculo da Equipe Teatral Arte e Vida. Entrada franca. Contato com o grupo: (41) 9615-2689

Abranches (Palco montado na Praça Acir Macedo Guimarães – R. Carmelina Cavassim, s/n) – às 20h, espetáculo da Associação Cultural Êxodus. Entrada franca. Contato com o grupo: (41) 3354-3475 e (41) 8802-2922

Pinheirinho (Paróquia Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos – R. João Malta de Albuquerque Maranhão, 341) – às 18h, espetáculo do Grupo de Jovens Mãe Maria. Entrada franca. Contato com o grupo: (41) 3154-1984 e (41) 9935-7050

Pinheirinho (Santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração – R. Nicola Pellanda, 545) – às 19h. Entrada franca. Contato com o grupo: (41) 3349-4364 e (41) 9971-8060

Xaxim (Paróquia São Francisco de Assis – R. Francisco Derosso, 715) – às 20h, espetáculo do Grupo de Teatro Amor em Cena. Entrada franca. Contato com o grupo: (41) 3206-3783 e (41) 8835-2268

São Braz (Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho – R. Carmela Tosato, 11) – às 20h, apresentação do Grupo Lemuel. Entrada franca. Contato com o grupo: (41) 3072-1000 e (41) 8864-7690

Santa Quitéria (Estádio Maurício Fruet – R. Brasílio Ovídio da Costa, 1830) – às 20h, apresentação do Grupo JUC – Obras de Assistência Social Dom Orione. Entrada franca. Contato com o grupo: (41) 3345-6855 e (41) 8463-6332

Dicas de pontos turísticos que são a cara de Curitiba

Daniel Castellano, Antonio More, Henry Milleo,  Albari Rosa /

Como explorar a cidade em recantos históricos, áreas verdes, boa comida e muita diversão

Centro

A Rua das Flores é amigável ao turista. Um passeio entre a região da Praça Osório e o prédio antigo dos Correios dá ao visitante um amplo cenário da capital do Paraná. A XV de Novembro foi a primeira rua do país fechada para o trânsito de veículos e concentra comércio, serviços, lazer e gastronomia para todos os gostos. É a paisagem de Curitiba mais conhecida no Brasil. Na caminhada, que pode começar na Boca Maldita, em frente à Praça Osório, vale desviar para a Praça Generoso Marques para tomar um café no Paço da Liberdade. Meia quadra adiante, no Marco Zero de Curitiba, na Praça Tiradentes, é possível ir até a recém-restaurada Catedral Basílica, construída entre 1876 e 1893 em estilo neogótico.

Cultura e Conhecimento

O prédio histórico da Universidade Federal do Paraná foi eleito o símbolo da capital em uma votação realizada pela internet em 1999, com um milhão de votos. A construção imponente, com suas escadarias e vitrais, fica diante da Praça Santos Andrade, repleta de bustos de personagens da história paranaense e um marco cultural da cidade, já que fica entre o prédio da Federal e o Teatro Guaíra, um dos maiores da América Latina, oficialmente inaugurado em 1974. O complexo do Guaíra tem diferentes auditórios e é palco de grandes espetáculos, com artistas nacionais e internacionais.

Gastronomia

Curitiba oferece comida boa e farta, de petisco de boteco a alta gastronomia. O Batel concentra grande parte dos restaurantes mais refinados, mas há opções populares e pitorescas em todo canto. No Largo, o Bar do Alemão tem chope e carne de onça. O churrasco com batata griset do Bar Palácio pode ser saboreado no centro da cidade, onde também está o ambiente animado do Pantera Negra (antigo Gato Preto). Perto dali, o calzone da pizzaria Baviera faz sucesso há 40 anos. Santa Felicidade tem o Madalosso e uma coleção de bufês italianos. Para quem gosta de colocar a mão na massa, o Mercado Municipal é uma festa para o paladar. E, depois da reforma, ficou ainda mais agradável e convidativo para um passeio saboroso.

Áreas verdes

Os parques da capital são a praia do curitibano. Gramados extensos, sombra, churrasqueiras, pistas de corrida, lugar para andar de bike, passear com a família e curtir crianças e animais. O Barigui é o mais citado, mais ainda há o Tingui, o Tanguá, o Jardim Botânico, o Bosque do Alemão e do Papa. A antiga pedreira Paulo Leminski e a Ópera de Arame também estão na rota, próximos ao São Lourenço. Cada um tem uma particularidade: a chaminé do Barigui, a estufa de plantas e o recanto sensorial do Jardim Botânico, os mirantes do Tanguá e do Passaúna e uma ciclovia que liga a maior parte deles.

Museus

O Museu Oscar Niemeyer é conhecido como o Museu do Olho, apelido do anexo construído em frente ao prédio principal, o antigo Palácio Castelo Branco, também projetado pelo arquiteto carioca. Completou dez anos em 2012 e é um dos cenários mais fotografados da cidade. Além do acervo fixo e exposições visitantes, é ponto de encontro de moradores, que ocupam o gramado dos fundos com cães de todas as raças e tamanhos nos fins de semana. O Museu Paranaense é outra joia da cultura local. Instalado no Largo da Ordem, tem um acervo de 400 mil itens, entre documentos, fotografias, objetos, indumentárias e representações de todas as fases da colonização do estado. O Museu Guido Viaro abriga a coleção de um dos artistas paranaenses mais importantes. O lugar ainda promove palestras e workshops sobre artes, além de sessões especiais de cinema.

Centro Histórico

O Largo da Ordem e as ruínas do São Francisco estão entre as preferências de curitibanos e visitantes. A feirinha de artesanato, aos domingos, é passeio obrigatório para quem visita a cidade. Tem música, comida, roupa, objetos, móveis, bijuterias e uma infinidade de produtos e lembrancinhas. A região também tem pequenos segredos, como o Rio dos Pinhões, dentro do Memorial de Curitiba, o museu da Igreja da Ordem e o interior da Igreja do Rosário. Perto dali, o Solar do Barão e a Igreja Luterana também são recantos imperdíveis.


quarta-feira



CURITIBA TERÁ PASSEIO DE LOCOMOTIVA

André Rodrigues/Gazeta do Povo / Rodrigo Dolenga, Leon, Raul e Luiz Buchmann (da esquerda para direita) e a Francesinha: manobreira também será usada

A partir de setembro, a capital deverá incluir em sua lista de atrativos uma viagem, de meia hora, a bordo da maria-fumaça. Uma relíquia de 1884, que está em restauro em Santa Catarina, chegará a Curitiba em setembro para inaugurar uma nova atração turística: o passeio na locomotiva 11, uma maria-fumaça tipo Baldwin, fabricada nos Estados Unidos e que faz parte do patrimônio da extinta Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). A máquina só voltará aos trilhos graças ao trabalho braçal e ao esforço do grupo da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) do Paraná, que atua em mais sete cidades do país.

O trajeto inicialmente percorrido pela maria-fumaça será curto: cerca de três quilômetros, partindo da estação ferroviária que existe atrás da rodoviária, e com duração de meia hora. Mas a ideia, segundo os idealizadores do projeto, é levar as pessoas a um passeio para que curtam as locomotivas e carros (vagões de passageiros) antigos e não necessariamente a paisagem.

“A intenção é estender um pouco mais o passeio, no ano que vem, até Pinhais”, adianta o diretor de marketing da ABPF, Leon Henrique Pereira. Durante o trajeto, os passageiros conhecerão a história da extinta RFFSA e dos prédios das redondezas. As informações serão repassadas em português e em inglês. 

A chegada da maria-fumaça à capital paranaense promete ser um grande espetáculo, com direito à peça teatral de Lala Schneider e uma arquibancada montada dentro da garagem para capacidade de 300 pessoas. “Temos um acervo de cerca de 800 peças. Elas foram doadas por colecionadores e antigos ferroviários. São elas que irão formar parte do museu que funcionará na entrada do passeio”, conta o diretor-regional da ABPF do Paraná, Raul Carneiro Neto. Aliás, a compra da passagem será em uma réplica de estação com relógios e sinos originais e os bilhetes serão furados com um picotador que era usado em uma estação da Lapa. 

Além da maria-fumaça, os passeios poderão ser feitos com a locomotiva apelidada carinhosamente de Francesinha, restaurada recentemente pela ABPF-PR. Trata-se de uma manobreira (foto) fabricada na França em 1952 e que funcionava no pátio da Votorantin e foi doada à organização. Para completar, quem é louco por trens poderá, no vagão-maquete, conduzir um trem em um simulador e levar para casa a gravação. Na garagem, as locomotivas mais antigas que ainda serão restauradas, como a Hilda, um auto de linha de 1919, e uma Kombi adaptada com rodas de trem que transportava funcionários da rede, ficarão em exposição.


Peça argentina abre o Festival de Teatro de Curitiba

Hugo Harada/Gazeta do Povo / Homem Vertente, do argentino Pichón Baldinu, ganhou o palco da Ópera de Arame ontem
Com uma festa para 1,2 mil convidados e a apresentação de um trecho da peça Homem Vertente, começou ontem à noite o 22.º Festival de Teatro de Curitiba, que segue até o dia 7 de abril. O diretor, o argentino Pichón Baldinu, escolheu a Ópera de Arame para montar seu show cênico, um misto de acrobacias, performance e manipulação de bonecos gigantes. “Achei esse lugar incrível, um capricho tectônico”, disse, referindo-se à Pedreira Paulo Leminski, logo ao lado.
O nome do espetáculo refere-se ao uso excessivo dos recursos e ao desperdício, mas também à energia criativa do ser humano. A apresentação usa 20 mil litros de água, toda ela reciclada usando um tanque debaixo do palco. A peça terá novas apresentações dias 30 e 31 de março e de 5 a 7 de abril, com ingressos a R$ 60 e R$ 30 (meia-entrada).

segunda-feira

A cidade que o curitibano... desconhece

Das dezenas de cartões-postais de Curitiba, que completa 320 anos na próxima sexta-feira, apenas 15 já foram visitados por mais de 70% da população que aqui vive. Levantamento feito pela consultoria iBRAIN Inteligência de Mercado e Pesquisa Estratégica revela que, em geral, o curitibano desconhece muitas atrações da cidade – desde parques e bosques incrustados em bairros residenciais a locais internacionalmente famosos, como a Universidade Livre do Meio Ambiente (Unilivre).

A pesquisa, realizada a pedido da Gazeta do Povo, ouviu 500 pessoas. Destas, 51,6% são “nativas” e o restante, curitibanos por adoção. Entre os que vieram de outras localidades, a grande maioria (69%) mora na cidade há mais de dez anos.

De acordo com a consulta, o curitibano demonstra interesse em conhecer vários locais da cidade – 49% citaram mais de uma atração. Entre as que receberam menção especial estão a Torre Panorâmica, a Ópera de Arame e o Museu Oscar Niemeyer (MON).

Mas por que as pessoas ainda não foram até esses espaços? O principal motivo é a falta de tempo (51%). Outros obstáculos, como falta de dinheiro, falta de conhecimento e dificuldade de pegar ônibus, não são grandes impeditivos – cada uma dessas respostas teve 9% de citações.

Entretanto, a alegada “falta de tempo” parece ser relativa. Questionados sobre o que gostam de fazer, os curitibanos revelam que preferem ficar em casa a outros programas de lazer, como visitar amigos ou ir a igrejas, restaurantes, parques, shoppings, bares ou clubes. O conforto do lar foi mencionado como programa preferido por 44,4% dos entrevistados.

Apesar de a avaliação geral sobre Curitiba ser muito boa – as palavras mais usadas para descrevê-la são limpa, bonita e organizada –, a pesquisa também detectou alta desaprovação no quesito segurança: 81%. “Você não consegue avistar beleza se se sente inseguro”, opina a professora Doralice Araújo, natural de Manaus, moradora da capital paranaense há 21 anos. “O jovem prefere ir a shoppings e, às vezes, a própria família acaba incentivando isso, com medo de que ele frequente locais abertos que são inseguros”, acrescenta.

Os irmãos Lia e Caio Liberal – ela com 20 e ele, 19 – não se escondem em shoppings. Na quinta-feira passada, estavam com Tatiana Roberti, 19 anos, da Argentina, na Torre Panorâmica. “O legal daqui é que não é uma homenagem a nenhum povo específico, é uma homenagem à cidade em si, muito legal ver daqui de cima”, disse Lia.

O clima frio e úmido parece ser uma barreira para o curitibano conhecer mais atrações. “Eu acho incrível, chega o fim de semana e não vejo meus vizinhos. Eles preferem ficar dentro de casa. Eu, como vim de uma região mais calorenta, não aguento ficar muito tempo fechada. E, se tem sol, não suporto ficar dentro de casa”, conta a professora Doralice Araújo, nascida em Manaus.

“Naturalmente, o comportamento do curitibano é um reflexo do clima. Não é uma cidade como Belo Horizonte, Rio de Janeiro. O clima inóspito torna a opção ‘ficar em casa’ muito mais agradável”, opina o publicitário Ernani Buchmann. Mas, ressalta, essa preguiça não precisa ser vista como uma coisa negativa.

Para o educador ambiental Raphael Frederico Neto, um dos técnicos que atua na ONG Unilivre, muitos curitibanos são do tipo “encorujado”, mas ele diz que isso pode mudar. Na Unilivre, que fica dentro do Bosque Zaninelli, no bairro Pilarzinho, as chuvas podem atrapalhar as visitas monitoradas, mas também podem ser inseridas nas palestras. “Mostramos como a água é fundamental no ciclo da vida. Nem precisamos falar, nosso trabalho é apenas 10% do total. O resto, a natureza fala por si só.”





sábado


PRATOS TÍPICOS PARANAENSES

Jonathan Campos/ Gazeta do Povo / Caldeirada de frutos do mar é um prato típico caiçara

Seja cozido ou embrulhado na folha de bananeira, o peixe é um ingrediente constante na culinária paranaense. Ele aparece cozido, assado, frito, em tortas e tem os mais variados preparos, inclusive em um "carrossel". Confira cinco desses pratos tradicionais, retirados do livro "Pratos Típicos Paranaenses”

Peixe com Banana
Comida típica caiçara, o Peixe com Banana ou Caldeirada é elaborado geralmente com bagre vermelho defumado ou seco. Preparado na panela de ferro, é cozido com bananas verdes inteiras. Como acompanhamentos, arroz e pirão de farinha feito com o caldo do peixe.

Peixe com Gengibre
Receita vinda de Morretes, no litoral paranaense, o Peixe com Gengibre tem um preparo simples e rápido. Geralmente, o peixe selecionado é o surubim ou o pintado. Na panela, ele é cozido com shoyu (molho de soja), água, açúcar e gengibre. Em apenas 15 minutos está pronto.

Dourado Assado no Carrossel
A ideia de assar o dourado em carrossel surgiu durante uma pescaria em Itaipulândia, quando o funcionário público Lauro Barth estava num barco abrigado debaixo de um guarda-sol. Ao ver o guarda-sol girar, imaginou que se colocasse um dourado em cada extremidade de um objeto semelhante e o girasse com fogo embaixo, os peixes assariam.

Pintado na Telha
A telha foi escolhida por ser o primeiro instrumento usado para preparo dos alimentos. O pintado por ser um peixe nobre e nativo da região. Dessa combinação surgiu o prato típico da região de Guaíra, no oeste do estado. Uma mescla da influência indígena, voltada para a pesca, e espanhola, com seu gosto pelos temperos.

Torta de Truta
O município de Palmas possui uma estação de piscicultura onde é criada a truta. Com a ideia de promover e divulgar essa produção, nasceu a Noite da Truta, em que o peixe é o principal ingrediente de diversas receitas. Uma delas a Torta de Truta, preparada com molho branco e queijo ralado.

Fonte: Pratos Típicos Paranaenses – Cadernos Paraná da Gente nº 1

RUA 24 HORAS QUER VOLTAR A SER POP

O charme da Rua 24 Horas, no Centro de Curitiba, não é mais o mesmo e o espaço está longe de ser o que um dia foi: um ponto turístico que atraía dezenas de milhares de pessoas na década de 90. Mas, aos poucos, o local procura voltar às origens. Recheada de restaurantes e lojas, a Rua 24 Horas é alvo de diversas ações que procuram atrair um novo público.
Os quatro anos em que passou vazia contribuíram para o afastamento das pessoas. Em setembro de 2007, a prefeitura decidiu fechar a Rua, alegando que o espaço estava deteriorado e que precisava passar por reformas. Nessa época, as lojas e restaurantes funcionavam no máximo até as 23 horas – mesmo horário que a maioria dos estabelecimentos decide abaixar as portas nos dias atuais.
Mesmo assim, a M. Ca­­margo Corretora de Imó­­veis – que possui a con­­­­cessão da Rua 24 Horas por mais nove anos – traça planos ousados. Um deles é atingir a marca de 25 mil pessoas por dia passando pelo espaço. Inaugurado em setembro de 1991 e reaberto em 11 de novembro de 2011, o local tem, hoje, média de circulação de 12 mil pessoas diariamente. Uma das ações que já saiu do papel é a utilização de um palco que existe no interior da Rua, que até dois meses atrás estava sem função. “Estamos colocando semanalmente artistas para cantar e tocar. A ideia é fazer pelo menos duas apresentações na semana e poder atrair mais gente para o local”, afirma Geraldo Hisao, do departamento de marketing da corretora.
Outro plano é realizar oficinas de arte para as crianças nos fins de semana. “Também devemos começar um projeto de contação de histórias aos sábados, no início do próximo mês”, ressalta Hisao.
Além disso, alguns boxes que hoje estão ociosos passaram a funcionar no início deste mês como uma pequena exposição de artes. Quadros de artistas que residem na capital e arredores contribuem para dar uma cara nova à Rua 24 Horas. Em breve, deverá ser fechada uma parceria com escolas da cidade para que alunos visitem a exposição.
Todas essas medidas têm o intuito de tentar mostrar aos curitibanos e turistas que a Rua 24 Horas está funcionando e aberta ao público. “Conheço muita gente que não sabe que a Rua está reaberta”, revela Renato da Silva, dono de um estabelecimento no interior do local. Hoje, grande parte dos frequentadores são estudantes, trabalhadores e também moradores da redondeza.

Reserva Airumã é a 12ª Reserva Particular do Patrimônio Natural Municipal de Curitiba

Divulgação/Terezinha Vareschi/Apave / Dos 36 mil metros quadrados da propriedade, aproximadamente 30 mil são compostos por floresta de Araucária

A Reserva Airumã, no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, foi transformada em Reserva Particular do Patrimônio Natural Municipal (RPPNM). Dos 36 mil metros quadrados da propriedade, aproximadamente 30 mil são compostos por floresta de Araucária. O decreto foi assinado pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT) na quinta-feira (21) e instituiu a 12ª RPPNM de Curitiba.

“Temos de preservar as reservas de mata nativa em áreas urbanas e incentivar que propriedades particulares com remanescentes da floreta de Araucária sejam transformadas em RPPNM”, afirmou Terezinha Vareschi, proprietária da Reserva Airumã e presidente da Associação dos Protetores de Áreas Verdes de Curitiba e Região Metropolitana (Apave).

Ela afirmou que o espaço servirá à pesquisa e também à educação ambiental. A partir do segundo semestre, a ideia é levar estudantes para conhecer o local e conscientizá-los sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente. “O nosso objetivo é abrir à Reserva Airumã às escolas três vezes por semana”, afirmou Terezinha.

O espaço não será aberto ao público em geral. Segundo a proprietária, a medida será adotada para minimizar o impacto ambiental e preservar a Reserva Airumã. Especialistas trabalham na elaboração do plano de manejo do local, que irá determinar a capacidade de pessoas que a RPPNM poderá receber por vez.

A Reserva Airumã pertence à família de Terezinha Vareschi há 25 anos. O espaço localiza-se na Avenida Fredolin Wolf, no bairro Santa Felicidade.

Com a transformação em RPPNM, a presidente do Apave espera que os empresários ajudem a manter a área e isso será feito por meio da compra de títulos de potencial construtivo. Segundo ela, a preservação da propriedade será feita também com o auxílio do Programa Empreendedores da Conservação (E-CONS), iniciativa da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS).



sexta-feira

Ocupe o Passeio Público


Passeio Público pode ser ponto de encontro para meditar, caminhar e até para abastecer a geladeira. Isso porque, em meio aos equipamentos esportivos e espaços destinados às mais de 100 espécies de bichos, o parque é lugar certo para praticantes de tai chi chuan e recebe semanalmente uma feira orgânica, com suas 19 barracas para venda de frutas e verduras sem agrotóxicos. E não é só isso: os aficionados por arquitetura também têm vez. Eles podem contemplar o portal de entrada, inspirado no Cemitério de Cães de Paris; e também as cercas que se assemelham aos troncos de árvores. Para os que pretendem apenas passear, há ilhas, pontes e lagos dispostos dentro dos 70 mil metros quadrados do parque. O Passeio Público abre das 6 às 20 horas, de terça-feira a domingo. Veja abaixo algumas atrações fixas e temporárias:

Tai Chi Chuan

Em meio a todo o barulho do Centro, o Passeio Público também é abrigo para quem pretende relaxar. Duas vezes por semana, pelo menos, um grupo se reúne no local para praticar o tai chi chuan, milenar arte marcial chinesa reconhecida como uma forma de meditação através de movimentos. As aulas são ministradas por José Onofre Nunes, da Escola Harmonia e Movimento. A mensalidade é R$ 85 – valor que pode ser abatido caso chova. Interessados podem fazer aula experimental. As aulas acontecem terças e quintas-feiras, das 8h30 às 9h30.

Exercícios

Na pista de pouco mais de mil metros, é possível correr e caminhar de forma harmoniosa, aproveitando para desfrutar do cenário composto por ilhas, gruta e pontes do parque. Além disso, a academia ao ar livre com 11 aparelhos ajuda no condicionamento físico.

Quando?

Mesmo horário do parque.

Pedalinhos

Atração que data da primeira metade do século passado, os dez pedalinhos do parque até hoje são ótimas opções para entreter as crianças ou para passar um momento “a dois”. O passeio de 15 minutos de duração custa R$ 9 - tanto para uso individual quanto para em dupla. O Funcionamento é de terça-feira a domingo, das 10 às 19 h.

Feira

Há mais de dez anos, os visitantes que vão ao Passeio nas manhãs de sábado têm a opção de comprar frutas e verduras frescas nas 19 barracas da Feira Orgânica, organizada pela Secretaria Municipal do Abastecimento. Semanalmente, passam por ali 1,5 mil pessoas. A Feira acontece aos sábados, das 7 horas ao meio-dia.

Parquinho

Além de contar com os tradicionais escorregadores, carrossel, balanças, gangorras, túnel de arco e caixa de areia, o parquinho do local tem até um muro de escalada infantil. Tudo isso sob um balão de metal, alçado a 1,5 metro do chão, que representa o balão Granada, que decolou do Passeio Público e fez um pouso forçado sobre a Catedral de Curitiba, há 103 anos. Por vezes, ainda é possível se deparar com apresentações circenses – que ocorrem sem periodicidade específica. Mesmo horário do parque.

Bicicletas

Quem for de bicicleta ao Passeio Público e quiser guardar a magrela não precisa se preocupar. Há um bicicletário no local, onde o ciclista pode armazenar seu transporte pagando R$ 1 por hora. Quem não tem bicicleta também pode aproveitar para alugar uma bike por R$ 5 a hora ou R$ 30 pelo período (7h30 às 17h30). Demais condições devem ser consultadas no local. De terça-feira a sábado, das 7h30 às 17h30.

Animais

No Passeio Público vivem cerca de 400 animais de 150 espécies diferentes. No total, são 40 mamíferos, 280 aves, 70 répteis e 20 peixes. No terrário, também conhecido como serpentário, o visitante conhece serpentes e lagartos de espécies raras de todos os cantos do mundo e, no aquário, peixes de rios e espécies ornamentais da Região Amazônica e da África. Aquário e terrário: de terça-feira a domingo, das 9 às 12 horas 
e das 13 às 16h45.




quinta-feira

Descubra as sete maravilhas naturais do Paraná

Riquezas naturais não faltam no Paraná. Por todas as regiões do estado é possível encontrar cenários belíssimos com as mais variadas paisagens: praias, cachoeiras, rios, canyons, esculturas naturais, fauna e flora em plena exuberância. Dentre tantos atrativos, listaremos aquelas que podem ser consideradas como as sete maravilhas naturais do estado. 


Cataratas do Iguaçu 

Formadas pelas quedas do Rio Iguaçu, as cataratas compõem o destino turístico mais visitado no Paraná, recebendo mais de 1 milhão de visitantes por ano. As impressionantes quedas d’água fazem parte do Parque Nacional do Iguaçu, cuja área de 185 mil hectares abriga mais de 700 espécies animais e milhares de espécies vegetais.




Ilha do Mel 

Com 2,7 mil hectares, a ilha mais famosa do Paraná é tida como reduto das melhores praias do estado. Sem estradas ou ruas, a ilha conta com um estrito programa de manejo que limita o número de visitantes. Além das belas praias, também são atrativos locais a Fortaleza e o Farol das Conchas.



Vila Velha 

Localizado no município de Ponta Grossa, o Parque Estadual de Vila Velha é formado por arenitos, formações rochosas que apresentam as mais variadas formas, como a taça, o camelo e a bota. Também fazem parte do parque as Furnas, grandes crateras com rica vegetação, e a Lagoa Dourada, cujo nome indica o efeito do sol sobre as águas.


Superagui 

Inscrito como Patrimônio Natural e Histórico do Paraná, o Parque Nacional do Superagui compreende as ilhas de Superagui e das Peças, no litoral. Além de contar com 38 quilômetros de praias praticamente desertas, serve de abrigo para espécies animais como o papagaio da cara roxa.


Ilha Grande 

Localizado no Rio Paraná, entre os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, o Parque Nacional de Ilha Grande tem 78,8 mil hectares de uma ampla biodiversidade. São lagoas, lagos, várzeas e cerca de 300 ilhas que abrigam uma rica vegetação e diversas espécies animais, especialmente aves e peixes.


Canyon Guartelá 

Considerado o sexto maior canyon do mundo em extensão, o Guartelá está situado no município de Tibagi. Ao longo de 32 quilômetros cortados pelo Rio Iapó, o Parque Estadual exibe como atrativos a vegetação rupestre, uma cachoeira com cerca de 200 metros de altura e pinturas deixadas por indígenas no passado.



Salto São Francisco 

Situado na divisa dos municípios de Guarapuava, Prudentópolis e Turvo, o Salto São Francisco é a maior queda d’água do Paraná e uma das maiores do Brasil. Com 196 metros de altura, a queda livre faz com que a água se transforme em uma névoa antes de chegar ao chão.



terça-feira

Verão se despede com recorde de temperaturas baixas


Às vésperas do outono, Cu­­ritiba registrou ontem a madrugada e a tarde mais frias deste ano. Segundo informações do Climatempo, a chuva, a falta de sol e o ar polar deixaram a temperatura mínima na capital em 13,3ºC, igualando o que já havia acontecido no dia 12 de janeiro. O recorde também veio com a menor temperatura máxima deste ano: 17,3ºC, na tarde de ontem. A marca anterior era de 19ºC, registrados no último domingo e no dia 3 de janeiro. 

A umidade que acinzentou o céu do Paraná na metade da semana passada é a responsável pelas baixas temperaturas e deve continuar atuando no estado nos próximos dias. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, a umidade vinda do Oceano Atlântico faz com que o céu encoberto e as temperaturas mais baixas persistam, sobretudo, no Litoral e na Região Metropolitana de Curitiba. 

Amanhã, quando tem início o outono no Hemisfério Sul, uma frente fria prevista para se formar entre o Uruguai e o Rio Grande do Sul deve chegar ao Paraná e manter a instabilidade na região, de acordo com o Simepar. Por isso, o primeiro dia da estação que antecede o inverno, que começará às 8h02, será chuvoso em todo o estado. 

Para os últimos dias da semana, espera-se menor quantidade de chuva, porém com dias de resfriamento ainda mais fortes. “Para sexta-feira e sábado praticamente se mantém as mínimas de 12 a 15 graus. Pode até voltar a aquecer, mas não é mais aquele calor todo, porque, inclusive, não temos mais condições para que a temperatura passe dos 30 graus”, explica o meteorologista do Simepar Samuel Braun. 

Sem a influência de fenômenos climáticos de grande escala, como El Niño e La Niña, a estação que inicia o declínio das temperaturas em boa parte do país deve permanecer dentro da normalidade. De acordo com o Simepar, a tendência é de que a quantidade de chuva fique dentro do esperado, com grande variação no volume de precipitação entre um mês e outro. 

A partir da segunda quinzena de abril, o resfriamento do outono passa a ser intenso principalmente nas regiões mais altas do estado, como Palmas e Guarapuava. Nos meses de maio e junho, o frio já passará a ser predominante em todo o Paraná.

sábado

Curitiba é apresentada em Londres como destino turístico para 2014

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Jornalistas e operadores de turismo que participaram do evento Goal to Brasil em Londres, terça-feira dia 12, ficaram bem impressionados com as informações recebidas sobre Curitiba: uma cidade organizada, com boa infraestrutura, amparada na diversidade cultural e disposta a fazer um evento comprometido com a sustentabilidade e a mobilidade. 

O evento, realizado, teve como objetivo divulgar a cultura brasileira e a infraestrutura em desenvolvimento nas 12 cidades-sedes que vão abrigar os jogos do mundial de 2014. Esta 10ª Edição do Goal to Brasil teve Curitiba como cidade-tema, tendo como convidados a mídia especializada, operadoras e agências de turismo da Inglaterra e toda Europa. A viagem da equipe brasileira foi patrocinada pela Embratur, já que o evento visa a divulgação do País no exterior. 

A delegação curitibana recebeu cerca de 30 jornalistas ingleses para uma entrevista coletiva. “Eles demonstraram interesse em conhecer uma cidade com perfil tão diferente do eixo Rio-São Paulo. Isso nos dá uma lição de casa: buscar uma maior aproximação com a imprensa inglesa para, desta forma, atingir também a população deste país”, disse Sérgio Pires, presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), instituição que é o braço técnico da Secretaria Municipal da Copa FIFA 2014. 

O evento reuniu os operadores e agentes de turismo ingleses. O corpo técnico da Prefeitura de Curitiba e do governo do Estado apresentou a cidade por meio de palestras, vídeos e de um bate-papo. Os ingleses participantes disseram que as características de Curitiba podem ser determinantes para transformar a cidade num destino turístico internacional, ao lado de Foz do Iguaçu, que já é referência mundial no setor. Tanto que a Match Hospitality, empresa oficial da FIFA credenciada para comercializar pacotes de viagens internacionais, quer agora organizar um seminário em Curitiba para planejar novas maneiras de chamar a atenção sobre a cidade e incrementar os negócios. 

No salão de eventos do London Film Museum, sede do evento Goal to Brasil, imagens de Curitiba foram apresentadas em um telão. E a mensagem do prefeito Gustavo Fruet, convidando todos a vir conhecer a cidade – e invocando a união entre curitibanos e ingleses pelo amor ao esporte -, encerrou a cerimônia.

sexta-feira

Vazão das Cataratas atinge maior volume de água no ano

Suelen Bicicgo / O maior volume de água nas Cataratas proporcionou um espetáculo visual ainda mais atraente aos turistas
Com as fortes chuvas registradas em todo estado e as cheias no Rio Iguaçu, a vazão nas Cataratas, um dos principais cartões postais do Brasil, passou de quatro vezes o normal nesta semana.

A maior vazão foi verificada na madrugada desta quinta-feira (14), quando o volume de água chegou a 6,8 milhões de litros por segundo, de acordo com o setor de Monitoramento Hidrológico do Rio Iguaçu, feito pela Copel. A vazão normal é de 1,5 milhão de litros por segundo. O espetáculo encanta e assombra quem visita o local. O volume de água encobre os saltos menores, formando uma única camada de água em uma espécie de véu.

O acumulado de chuvas na região já somou esta semana 160 milímetros, número também superior ao mesmo período em anos anteriores quando foram registrados 60 milímetros.

Segundo o Simepar, pancadas de chuva devem ser constantes durante toda a semana na região e no estado, puxando a temperatura para baixo.

Historicamente, a última cheia registrada em 2012 foi em junho, quando o volume atingiu 8,6 milhões de litros por segundo. No final da tarde de ontem, a vazão era de 5,6 milhões de litros por segundo. O maior volume de água nas Cataratas proporcionou um espetáculo visual ainda mais atraente aos turistas

Fonte: Gazeta do Povo 

Exposição de Escher chega ao MON em abril

Divulgação / Mostra A Magia de Escher reúne 85 obras do artista holandês

O Museu Oscar Niemeyer (MON) recebe no dia 11 de abril uma exposição dedicada ao artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972). A mostra A Magia de Escher reúne 85 obras, entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles, incluindo todos os trabalhos mais conhecidos do artista. O acervo, da coleção da Fundação Escher, na Holanda, estará distribuído nas salas 1 e 2 do museu. O horário de visitação para a exposição será estendido, de terça a sexta-feira, até as 20 horas.

A exposição permitirá que o público passe por uma série de experiências que desvendam os efeitos óticos e de espelhamento que Escher utilizava em seus trabalhos, como olhar pela janela de uma casa e ver tudo em ordem e, em seguida, enxergar os objetos flutuando por outra janela. Ou, ainda, assistir a um filme em 3D, que possibilitará um passeio por “dentro” das obras do artista, famoso por representar construções impossíveis e padrões geométricos entrecruzados, que se transformam gradualmente.

Essa não é a primeira vez que Curitiba recebe uma mostra do artista holandês. Nos anos 1990, o então Museu Municipal de Arte (MuMA), hoje parte do Portão Cultural, também expôs suas obras.

A mostra, que já havia sido exposta no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo há dois anos, foi a mais visitada no mundo em 2011, de acordo com a publicação The Art Newspaper, especializada na área de artes, e que faz o ranking anual das melhores exposições do globo.

A mostra ficará em cartaz até o dia 21 de julho e depois segue para Belo Horizonte.



quarta-feira


Rua 24 Horas quer voltar a ser pop

O charme da Rua 24 Horas, no Centro de Curitiba, não é mais o mesmo e o espaço está longe de ser o que um dia foi: um ponto turístico que atraía dezenas de milhares de pessoas na década de 90. Mas, aos poucos, o local procura voltar às origens. Recheada de restaurantes e lojas, a Rua 24 Horas é alvo de diversas ações que procuram atrair um novo público.
Os quatro anos em que passou vazia contribuíram para o afastamento das pessoas. Em setembro de 2007, a prefeitura decidiu fechar a Rua, alegando que o espaço estava deteriorado e que precisava passar por reformas. Nessa época, as lojas e restaurantes funcionavam no máximo até as 23 horas – mesmo horário que a maioria dos estabelecimentos decide abaixar as portas nos dias atuais.
Mesmo assim, a M. Ca­­margo Corretora de Imó­­veis – que possui a con­­­­cessão da Rua 24 Horas por mais nove anos – traça planos ousados. Um deles é atingir a marca de 25 mil pessoas por dia passando pelo espaço. Inaugurado em setembro de 1991 e reaberto em 11 de novembro de 2011, o local tem, hoje, média de circulação de 12 mil pessoas diariamente. Uma das ações que já saiu do papel é a utilização de um palco que existe no interior da Rua, que até dois meses atrás estava sem função. “Estamos colocando semanalmente artistas para cantar e tocar. A ideia é fazer pelo menos duas apresentações na semana e poder atrair mais gente para o local”, afirma Geraldo Hisao, do departamento de marketing da corretora.
Outro plano é realizar oficinas de arte para as crianças nos fins de semana. “Também devemos começar um projeto de contação de histórias aos sábados, no início do próximo mês”, ressalta Hisao.
Além disso, alguns boxes que hoje estão ociosos passaram a funcionar no início deste mês como uma pequena exposição de artes. Quadros de artistas que residem na capital e arredores contribuem para dar uma cara nova à Rua 24 Horas. Em breve, deverá ser fechada uma parceria com escolas da cidade para que alunos visitem a exposição.
Todas essas medidas têm o intuito de tentar mostrar aos curitibanos e turistas que a Rua 24 Horas está funcionando e aberta ao público. “Conheço muita gente que não sabe que a Rua está reaberta”, revela Renato da Silva, dono de um estabelecimento no interior do local. Hoje, grande parte dos frequentadores são estudantes, trabalhadores e também moradores da redondeza.



Andar de ônibus fica 9,6% mais caro


A partir da zero hora desta quinta-feira, os moradores de Curitiba e dos 13 municípios da região metropolitana (RMC) integrados pelo transporte coletivo vão passar a pagar R$ 2,85 pela tarifa de ônibus. O anúncio foi feito ontem pela Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável pela Rede Integrada de Transporte (RIT), horas depois do acordo que definiu um aumento de 10,5% no salário de motoristas e cobradores. O valor da domingueira também sofreu aumento e agora será de R$ 1,50. O reajuste de 9,6% na passagem de ônibus, porém, não encerra a polêmica sobre a integração com a RMC.

Ao lado de alguns técnicos, o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior, afirmou que a possibilidade de a rede integrada ser rompida a partir de 7 de maio, com o fim do subsídio do governo estadual, existe. Com isso, usuários de 13 municípios vizinhos poderão pagar um valor acima do aplicado em Curitiba. “Seriam necessários R$ 7 milhões mensais para manter a tarifa única que integra o sistema”, ressalta.

A tarifa técnica (divisão do custo da frota pelo número de passageiros pagantes, que representa o custo real do sistema) da RIT passou de R$ 2,89 para R$ 3,13 com o reajuste. Segundo a Urbs, a tarifa técnica apenas da RMC é de R$ 4,20. A conta da nova tarifa técnica não prevê a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel anunciado pelo governo.

Gregório disse que a negociação com o governo do estado continua, apesar do governador Beto Richa ter garantido que não haverá mais repasses pa­­ra segurar o valor da tarifa. “Temos um desafio grande ain­­da, que é o subsídio. Nós es­­peramos é que o sistema inte­­grado possa ter continuidade”, afirmou. A Urbs alega que a le­­gislação atual deixa claro que a responsabilidade pela car­­ga do transporte coletivo na RMC é da Comec. “Vamos man­­ter o canal de conversa, mas precisamos do convênio pa­­ra manter a integração.”

Para o professor Garrone Reck, do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná, o impacto de cada componente da passagem ainda precisa ser apresentado com mais transparência pela Urbs. “Com a nova gestão, as pessoas aguardam mudanças na forma de se fazer as coisas”, disse. Segundo ele, as gestões passadas têm revalidada a pouca transparência quando o assunto é a tarifa de ônibus. Ele ainda acredita que esses reajustes acabam tirando o usuário do transporte coletivo e o colocando dentro de carros.


segunda-feira


Américas na mochila


 / Montagem de ícones dos países sul-americanos sobre foto do Cânion del Colca

A América do Sul, primeira etapa da expedição De Mochila pelas Américas, apresenta roteiros que mesclam história, arqueologia e natureza, combinando conhecimento e aventura em uma mesma viagem

A expedição De Mochila pelas Américas começou no sul do Peru, atravessou o Equador, percorreu a Colômbia e pode ser uma inspiração para desvendar antigas culturas pré-co­lombianas e conhecer a forma de vida de pitorescas comunidades sul-americanas. É um convite para manter contato com um povo sofrido, mas extremamente receptivo e cordial.

O Peru, pela grande dimensão, apresenta variações climáticas conforme a região, mas é possível ser percorrido com tranquilidade entre os meses de abril e novembro. Além da famosa cidade inca de Macchu-Picchu, tesouros arqueológicos são encontrados de norte a sul. 

Os aquedutos de Cantalloc, em Nazca, demonstram o nível de desenvolvimento das civilizações que habitaram uma das regiões mais áridas do país. Da mesma forma, as Linhas de Nazca, grafismos em forma de aves, animais e geométricas, despertam a curiosidade e provocam questionamentos dos turistas. Podem ser claramente observados do alto, em um sobrevoo de 30 minutos. 

Ao norte, a cidade de Tru­jilo preserva a mais bonita Plaza de Armas do país. É ponto de partida para visitar as ruínas de barro de Chan Chan, um complexo edificado pela civilização Chimu, que chegou a reunir 15 cidadelas, no século 13. 

Situada no Parque Na­cional de Huascarán, a Cor­dilheira Branca abriga cerca de 30 montanhas com mais de 6 mil metros de altitude. Encanta pelos lagos gelados, picos nevados e glaciares. Adaptado à altitude e com um bom preparo físico, o viajante pode atingir o Glaciar de Pastoruri, geleira com túneis e cavernas. No caminho ainda vai ter a oportunidade de encontrar uma nascente de água gaseificada, pronta para o consumo. 

O Equador é um gigante pa­­ra esportes de aventura. Rafting, mountain bike, tirolesa, cavalgada, escalada de vulcão e salto de ponte são atrações cheias de emoção. O povoado de Baños, a quatro horas ao sul da capital, Quito, é o que concentra maior diversidade de atividades de ação. 

Otavalo, ao norte, ainda mantém a tradição inspirada originalmente no antigo comércio dos incas. O vilarejo é uma grande feira de artesanato, produtos indígenas e comércio popular. No maior mercado a céu aberto da América do Sul a regra é barganhar. 

Distante da fama que a con­­sagrou pelo narcotráfico, a Colômbia é uma grata surpresa para o viajante. Extre­mamente policiada, a capital Bogotá é um centro histórico e cultural. É possível se perder sem medo pelas ruelas da Candelária, com suas construções coloniais coloridas. 

A cidade, com quase 8 milhões de habitantes, oferece culinária rica e interessantes museus, especialmente o do Ouro, que conta parte da história da civilização sul-americana, e o Museu Botero, com obras do pintor e escultor colombiano. O sistema de transporte eficiente facilita o deslocamento também para as áreas modernas, de comércio de marcas mundiais, bares e restaurantes. 

Com mais tempo, vale escapar até o povoado de Villa de Leyva e conhecer o clima ameno de montanha em caminhadas sossegadas pelas ruas de pedra, entre construções pintadas de branco e centenários casarões. 

A imperdível cidade murada de Cartagena exige do turista uns três dias para conhecer o centro histórico, respirar a atmosfera boêmia e circular pelos bairros onde sempre toca o “baianato”, estilo musical do Caribe. 

Zacarias, praça de muitas histórias

Ponto inicial dos bondes com destino aos bairros do Batel e Seminário, em 1948 (Acervo Cid Destefani)

Quem passa pela Praça Zacarias não tem ideia de muita coisa que é guardada e pouco divulgada na história de Curitiba. Por exemplo: o monumento com o busto de Zacarias de Goes e Vasconcelos, inaugurado em 19 de dezembro de 1915, tem em seu pedestal o primeiro bloco de mármore cortado no Paraná, em 1886 – sendo a sua base feita de granito oriundo da Serra do Mar – e, por sua vez, o semblante do ilustre conselheiro não condiz nada com sua fotografia. 

Monumento de Zacarias de Goes e Vasconcelos no centro da praça, em 1925 (Acervo Cid Destefani)

Outra peça histórica, danificada por sinal, é a do chafariz instalado naquele local, em 1871, pelo engenheiro Antonio Rebouças. Foi a primeira água encanada da cidade, vinda de uma fonte que ficava na atual Praça Rui Barbosa e que serviu o centro da cidade até os primeiros anos do século passado. Por muitos anos, esse chafariz esteve instalado no pátio do Museu Paranaense, quando funcionava na Rua Buenos Aires. 

A Praça Zacarias, que já foi nominada Largo da Ponte, em razão do pontilhão que existia sobre o Rio do Ivo, e também, mais tarde, como Largo Chafariz, tem muita coisa que para o cidadão comum ainda é mistério. Um deles é o porquê da denominação do rio que ali atravessa o seu subsolo. A denominação correta é: Rio do Ivo, em razão do mesmo transpor o quintal de um morador chamado Ivo, isso há mais de duzentos anos. 

A nossa Praça Zacarias merece pesquisa mais profunda sobre as coisas que ali existiram, assim como a preservação do que sobrou, apesar dos maus-tratos recebidos. Vamos ilustrar a Nostalgia deste domingo com antigas imagens daquele logradouro.

quinta-feira

Águas do Paraná: conheça os principais rios do estado

O potencial hídrico do Paraná é de fazer inveja a outros estados. Afinal, é graças a essa riqueza que os paranaenses contam com uma das sete maravilhas naturais do planeta, as Cataratas do Iguaçu. Também por conta desse potencial que o estado sedia a hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e que gera energia para países vizinhos.

Abastecimento da população, suporte para a agropecuária, fonte de energia e belos cenários. Isso é o que proporcionam os principais rios paranaenses, os quais você conhece agora:

Rio Paraná


O rio Paraná nasce entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, na confluência dos rios Grande e Parnaíba. Com uma dimensão total de 3.998 quilômetros seria o nono rio mais extenso do mundo, caso fosse contado o trecho do rio Paranaíba. No estado do Paraná, ele demarca a fronteira entre Brasil e Paraguai até a foz do rio Iguaçu. Naquela região está a usina-barragem de Itaipu.

Rio Paranapanema


Divisor natural dos estados de São Paulo e Paraná, o Paranapanema tem uma extensão total de 929 quilômetros, mas boa parte dela em território paulista. Sua bacia hidrografia compreende uma área de 106 mil quilômetros quadrados, abrangendo 247 municípios onde vivem cerca de 4,8 milhões de habitantes. O rio concentra 5% da produção hidrelétrica nacional e importantes áreas de produção agropecuária.

Rio Iguaçu


Afluente do Paraná, o Iguaçu é o maior rio do estado. Formado pelo encontro dos rios Iraí e Atuba na parte leste de Curitiba, ele desagua nas Cataratas do Iguaçu, as maiores quedas em volume de água do planeta. Há divergências quanto à sua extensão: enquanto alguns autores afirmam ser de 910 quilômetros, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente aponta 1.320 quilômetros. Sua navegação foi iniciada em 1891.

Rio Tibagi


O Tibagi tem 550 quilômetros, sendo bastante usado para a prática de canoagem e rafting em função da grande quantidade de corredeiras. Suas nascentes se localizam entre os municípios de Campo Largo, Palmeira e Ponta Grossa, enquanto sua foz fica na divisa entre os estados de Paraná e São Paulo. A bacia do Tibagi se estende por 41 municípios, cobrindo mais de 25 mil quilômetros quadrados no território paranaense.

Rio Ivaí

O rio Ivaí nasce em Prudentópolis, na região central, e banha o estado do Paraná em toda sua extensão. Após percorrer inúmeros municípios, o rio Ivaí deságua em um braço do rio Paraná. Uma de suas características é a cor das águas, que na maior parte do ano é marrom ou vermelha. Com 560 quilômetros, é considerado o maior rio totalmente paranaense, já que o Iguaçu banha também trechos do estado de Santa Catarina.

Rio Piquiri


Um dos principais afluentes da margem esquerda do rio Paraná, nascendo em Campina do Simão, na região centro-sul do estado, passa por vários municípios. Com 485 quilômetros de extensão, suas margens chegaram a ser palco da Guerra do Paraguai. O uso mais significativo da água é o abastecimento público, principalmente obtido por meio da captação subterrânea e voltada para o consumo humano e de animais.

quarta-feira


Aplicativo permite pedir táxi pelo celular em Curitiba




Dispositivo localiza motorista cadastrado mais próximo e solicita corrida. Usuários não pagam nada para baixar e usar o produto. Desde o início de janeiro, os curitibanos já conseguem solicitar táxis pelo celular. O aplicativo “Táxijá” funciona como uma espécie de central de táxis: o dispositivo localiza o condutor cadastrado que esteja mais próximo do local onde o usuário se encontra e verifica se o motorista pode fazer a corrida. O serviço é gratuito. 

O “Táxijá” está disponível em Curitiba desde o início deste ano. Por enquanto, cerca de 90 taxistas estão cadastrados para atender as corridas solicitadas por meio do aplicativo. A projeção da Mobinov, empresa que desenvolveu o produto, é de que até o fim de 2013 até 650 motoristas tenham aderido ao programa. 

Para ter acesso ao serviço, o usuário precisa baixar gratuitamente o aplicativo pela internet. O “Táxijá” é disponibilizado pela App Store (para produtos da Apple) e pela Google Play (para quem usa sistema Android). Ao utilizar pela primeira vez o dispositivo, o cidadão precisa se cadastrar, informando nome, telefone e endereço de e-mail. 

Ao solicitar um táxi, o usuário é localizado pelo GPS do aparelho. A partir de então, o aplicativo encontra os táxis cadastrados que estão mais próximos do local e envia mensagens aos taxistas. Assim que um dos condutores aceita a corrida, o “Táxijá” possibilita a troca de informações: envia ao usuário dados do taxista e ao motorista, informações sobre o usuário. 

“É um aplicativo prático, que beneficia a sociedade como um todo, porque, ao agilizar o atendimento, contribui para desafogar o trânsito. Além disso, reduz o tempo dos táxis rodando, diminuindo a emissão de poluentes”, aponta o diretor do projeto em Curitiba, João Carlos de Lucas Neto. 

O usuário ainda pode acionar filtros a sua solicitação. Pode, por exemplo, pedir um táxi que aceite pagamento por cartões ou que tenham mais espaço para bagagens. Outro aspecto é o botão “cheguei”, em que o taxista avisa ao cliente que está no ponto indicado. “O cidadão pode esperar pela corrida na comodidade de sua casa, em um dia de chuva, por exemplo. Quando ele receber o aviso, ele sai de casa e o táxi estará à frente”, explica o diretor.

O usuário não paga nada para fazer as solicitações por meio do “Táxijá”. O cadastro dos taxistas também é feito gratuitamente, mas eles pagam uma taxa de R$ 1,50 por corrida feita a partir do aplicativo. O sistema é apoiado pelo Sindicato dos Taxistas do Paraná (Sinditáxi-PR). 

O “Táxijá” já funciona em São Paulo, onde há mais de 1,2 mil taxistas cadastrados e mais de 45 mil paulistanos baixaram o aplicativo.

Fonte: Gazeta do Povo