RUA 24 HORAS QUER VOLTAR A SER POP
Os quatro anos em que passou vazia contribuíram para o afastamento das pessoas. Em setembro de 2007, a prefeitura decidiu fechar a Rua, alegando que o espaço estava deteriorado e que precisava passar por reformas. Nessa época, as lojas e restaurantes funcionavam no máximo até as 23 horas – mesmo horário que a maioria dos estabelecimentos decide abaixar as portas nos dias atuais.
Mesmo assim, a M. Camargo Corretora de Imóveis – que possui a concessão da Rua 24 Horas por mais nove anos – traça planos ousados. Um deles é atingir a marca de 25 mil pessoas por dia passando pelo espaço. Inaugurado em setembro de 1991 e reaberto em 11 de novembro de 2011, o local tem, hoje, média de circulação de 12 mil pessoas diariamente. Uma das ações que já saiu do papel é a utilização de um palco que existe no interior da Rua, que até dois meses atrás estava sem função. “Estamos colocando semanalmente artistas para cantar e tocar. A ideia é fazer pelo menos duas apresentações na semana e poder atrair mais gente para o local”, afirma Geraldo Hisao, do departamento de marketing da corretora.
Outro plano é realizar oficinas de arte para as crianças nos fins de semana. “Também devemos começar um projeto de contação de histórias aos sábados, no início do próximo mês”, ressalta Hisao.
Além disso, alguns boxes que hoje estão ociosos passaram a funcionar no início deste mês como uma pequena exposição de artes. Quadros de artistas que residem na capital e arredores contribuem para dar uma cara nova à Rua 24 Horas. Em breve, deverá ser fechada uma parceria com escolas da cidade para que alunos visitem a exposição.
Todas essas medidas têm o intuito de tentar mostrar aos curitibanos e turistas que a Rua 24 Horas está funcionando e aberta ao público. “Conheço muita gente que não sabe que a Rua está reaberta”, revela Renato da Silva, dono de um estabelecimento no interior do local. Hoje, grande parte dos frequentadores são estudantes, trabalhadores e também moradores da redondeza.
Fonte: Gazeta do Povo
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