segunda-feira


Américas na mochila


 / Montagem de ícones dos países sul-americanos sobre foto do Cânion del Colca

A América do Sul, primeira etapa da expedição De Mochila pelas Américas, apresenta roteiros que mesclam história, arqueologia e natureza, combinando conhecimento e aventura em uma mesma viagem

A expedição De Mochila pelas Américas começou no sul do Peru, atravessou o Equador, percorreu a Colômbia e pode ser uma inspiração para desvendar antigas culturas pré-co­lombianas e conhecer a forma de vida de pitorescas comunidades sul-americanas. É um convite para manter contato com um povo sofrido, mas extremamente receptivo e cordial.

O Peru, pela grande dimensão, apresenta variações climáticas conforme a região, mas é possível ser percorrido com tranquilidade entre os meses de abril e novembro. Além da famosa cidade inca de Macchu-Picchu, tesouros arqueológicos são encontrados de norte a sul. 

Os aquedutos de Cantalloc, em Nazca, demonstram o nível de desenvolvimento das civilizações que habitaram uma das regiões mais áridas do país. Da mesma forma, as Linhas de Nazca, grafismos em forma de aves, animais e geométricas, despertam a curiosidade e provocam questionamentos dos turistas. Podem ser claramente observados do alto, em um sobrevoo de 30 minutos. 

Ao norte, a cidade de Tru­jilo preserva a mais bonita Plaza de Armas do país. É ponto de partida para visitar as ruínas de barro de Chan Chan, um complexo edificado pela civilização Chimu, que chegou a reunir 15 cidadelas, no século 13. 

Situada no Parque Na­cional de Huascarán, a Cor­dilheira Branca abriga cerca de 30 montanhas com mais de 6 mil metros de altitude. Encanta pelos lagos gelados, picos nevados e glaciares. Adaptado à altitude e com um bom preparo físico, o viajante pode atingir o Glaciar de Pastoruri, geleira com túneis e cavernas. No caminho ainda vai ter a oportunidade de encontrar uma nascente de água gaseificada, pronta para o consumo. 

O Equador é um gigante pa­­ra esportes de aventura. Rafting, mountain bike, tirolesa, cavalgada, escalada de vulcão e salto de ponte são atrações cheias de emoção. O povoado de Baños, a quatro horas ao sul da capital, Quito, é o que concentra maior diversidade de atividades de ação. 

Otavalo, ao norte, ainda mantém a tradição inspirada originalmente no antigo comércio dos incas. O vilarejo é uma grande feira de artesanato, produtos indígenas e comércio popular. No maior mercado a céu aberto da América do Sul a regra é barganhar. 

Distante da fama que a con­­sagrou pelo narcotráfico, a Colômbia é uma grata surpresa para o viajante. Extre­mamente policiada, a capital Bogotá é um centro histórico e cultural. É possível se perder sem medo pelas ruelas da Candelária, com suas construções coloniais coloridas. 

A cidade, com quase 8 milhões de habitantes, oferece culinária rica e interessantes museus, especialmente o do Ouro, que conta parte da história da civilização sul-americana, e o Museu Botero, com obras do pintor e escultor colombiano. O sistema de transporte eficiente facilita o deslocamento também para as áreas modernas, de comércio de marcas mundiais, bares e restaurantes. 

Com mais tempo, vale escapar até o povoado de Villa de Leyva e conhecer o clima ameno de montanha em caminhadas sossegadas pelas ruas de pedra, entre construções pintadas de branco e centenários casarões. 

A imperdível cidade murada de Cartagena exige do turista uns três dias para conhecer o centro histórico, respirar a atmosfera boêmia e circular pelos bairros onde sempre toca o “baianato”, estilo musical do Caribe. 

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