segunda-feira


Curitiba à prova


Reportagem acompanhou dois turistas estrangeiros pela capital paranaense para conhecer suas dificuldades e saber a avaliação de ambos da cidade.

Imagine a seguinte cena: você está no Centro de Curitiba e uma pessoa te aborda. Ela começa a falar uma tentativa de português em que palavras não se conectam e faz perguntas em outro idioma, que você não domina. O cidadão, e nessa altura da “conversa” perce­be-se que é um turista, só quer uma informação, uma direção. Depois de muitos gestos e um diálogo truncado, você o encaminha para uma central de informações turísticas. A mensagem foi passada com sucesso, mesmo que tenha sido na base do “jeitinho brasileiro”.

Situações como essa se tornarão comuns envolvendo visitantes de outros países que aqui chegarão por causa da Copa de 2014. E o dilema “imagina na Copa” se estende para o setor de serviços de Curitiba: informações, transportes, alimentação, etc.

Para chegar a uma resposta, a reportagem da Gazeta do Povo aproveitou a visita de dois turistas: o francês Gaspard Perrier, 31 anos, de Estrasburgo, e o argentino Nabil Saddi, 24, de Córdoba. Em um fim de semana, eles passaram pelo aeroporto, pela Rodoferroviária, pegaram táxis, andaram de ônibus, foram a bares e restaurantes e pediram informações em praças e parques, além de outros pontos turísticos.

Saddi estuda medicina na Universidade de Córdoba. Atualmente faz intercâmbio na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e mora em Porto Alegre. Nos fins de semana livres aproveita para conhecer outras cidades brasileiras. Perrier é funcionário público na França e aproveitou para tirar um ano sabático. Ele viaja desde janeiro pelo mundo: começou a jornada na Ásia, passou por diversas cidades brasileiras e dará continuidade pela América Latina.

Mesmo com algumas dificuldades, a experiência curitibana foi avaliada por ambos como positiva, especialmente quando a cidade é comparada a outras do país. “O transporte público daqui é reconhecido no mundo todo, porém encontrei problemas ao utilizar”, disse Saddi. “Senti falta de um mapa para me localizar nos horários e itinerários dos ônibus, mas sempre alguém ajudou”. Para Perrier, que já conheceu Manaus, Fortaleza, Rio e São Paulo, se não está no nível europeu, “o transporte público curitibano é melhor que nas outras capitais”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário