terça-feira

ONG quer customizar bicicletas, para emprestá-las a estudantes de intercâmbio em Curitiba

Marcelo Elias/ Gazeta do Povo / Norma Müller e Gabriela Diniz buscam apoio no site Catarse para financiar o projeto “Faça estas bicicletas aparecerem”

Mais que um meio de locomoção, a bicicleta se tornou um estilo de vida para muitos curitibanos. Eles redescobriram o prazer de se conectar à cidade por meio das pedaladas e, agora, querem conquistar mais adeptos. Esse é o caso da psicóloga Gabriela Diniz, de 26 anos, e da professora de alemão Norma Müller, de 29. Desde o ano passado, elas tocam a Rede de Estudantes de Intercâmbio em Curitiba, que tem por objetivo auxiliar estudantes estrangeiros na cidade. Nesse ano, resolveram promover uma ação para tentar amenizar um dos grandes problemas enfrentados por intercambistas na capital: a mobilidade. 

Andar de ônibus em uma cidade desconhecida e sem dominar o idioma local não é tarefa fácil. Além disso, estrangeiros, principalmente europeus, preferem andar de bicicleta. Pensando nisso, as duas criaram um projeto de financiamento coletivo para reformar magrelas encostadas e emprestá-las para os intercambistas.

Desde 8 de fevereiro, o “Faça estas bicicletas aparecerem” está disponível no Catarse, um site pelo qual pessoas anônimas podem contribuir para financiar projetos como esse. Até 9 de abril, elas esperam conseguir R$ 7,8 mil para reformar dez bicicletas para empréstimos posteriores, já com equipamentos de segurança e prontas para o uso. 

Por enquanto, elas já receberam três bikes, frutos de doação. Mas a reforma só sai se o dinheiro vier. “Sem este financiamento o projeto infelizmente não poderá existir, já que pelo site é preciso alcançar o objetivo para ter acesso ao que foi levantado”, explica Gabriela. 

Inspirado no plano das bicicletas brancas, do coletivo holandês Provos, um movimento de contracultura da década de 1960, Curitiba também tem suas magrelas para empréstimos gratuitos. Fernando Rosenbaum, sócio-proprietário da Bicicletaria Cultural, conta que o projeto das bikes brancas curitibanas começou em 2007. As magrelas são ‘adotadas’ pelos usuários, que podem ficar com elas por um a sete dias e até renovar o empréstimo. “Isso teve um resultado muito positivo porque pessoas que não tinham experiência com bicicleta na cidade puderam experimentar sem compromisso e daí surgiram muitas pessoas verdadeiramente interessadas.”


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