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Queima de fogos marca chegada do Réveillon Fora de Época

Antonio More/Gazeta do Povo / Festa no Largo da Ordem reuniu mais de 10 mil pessoas, segundo estimativa da Guarda Municipal

Uma queima de fogos que durou cerca de cinco minutos, a partir da meia-noite deste sábado, marcou a chegada do Réveillon Fora de Época. A festa, organizada pelas redes sociais, tinha expectativa de público de 15 mil pessoas - que confirmaram presença pelo Facebook. A Guarda Municipal, por sua vez, estimou em mais de 10 mil pessoas o público presente no evento, que aconteceu no Largo da Ordem, centro histórico de Curitiba. O trecho que teve o público contabilizado nesta estimativa se aglomerava entre a Igreja do Largo e o Palácio Garibaldi. A festa começou por volta das 22h, mas às 23h30 ainda havia gente chegando ao local, principalmente de ônibus. Após a meia-noite, o público já começou a dispersar.

A reportagem da Gazeta do Povo, que esteve no local, não constatou grandes aglomerações, mas havia um bom movimento de pessoas na região do Largo. Os bares abriram, mas não houve filas. As pessoas aproveitaram para ficar na rua. Em outros locais da região central, também havia aglomeração de pessoas. A Praça João Cândido, a Rua Almirante Barroso e a João Manoel tinha alto movimento de pedestres.

O trânsito de veículos também apresentou lentidão. Ruas do entorno da Praça Tiradentes ficaram com o tráfego complicado. Na Travessa Nestor de Castro e na Barão do Cerro Azul a situação era semelhante. Vários carros da prefeitura, incluindo veículos da Secretaria de Trânsito (Setran), circularam pela região. Banheiros químicos, conforme prometido pela prefeitura, foram instalados na área da festa.

De acordo com vizinhos do local da festividade, alguns participantes se anteciparam à "virada" e acenderam fogos de artifício antes mesmo do horário oficial para o início da festa. O público começou a chegar por volta das 19h. Durante todo o tempo, pessoas estouravam rojões, foguetes e sinalizadores do meio do público. Algumas pessoas ficaram assustadas em determinados momentos, mas não houve registro de feridos por causa das explosões - que chegaram a quebrar garrafas de vidro jogadas no chão próximo à fonte do Cavalo Babão.

Como a festa não tinha uma organização delimitada, não foi possível prever a programação e as atrações. A agenda do evento, no entanto, não foi a motivação da maioria do público a ir até às ruas do Centro Histórico. A maioria dos participantes não sabia o que estava para acontecer, apenas aproveitava a oportunidade de ficar na rua e aproveitar a noite de tempo agradável.

O local do evento, neste ano, no entanto, foi modificado depois que a festa virou alvo de polêmicas e protestos. Antes, o Réveillon em março acontecia na Praça da Espanha, no bairro Bigorrilho. Moradores e comerciantes da região reclamaram do barulho e da destruição do paisagismo da Praça. Neste ano, o evento mudou-se para o Largo da Ordem e contou com apoio da prefeitura e da Polícia Militar. Durante uma reunião, na terça-feira (26), a prefeitura relatou que iria garantir a infraestrutura mínima, com banheiro químico, segurança, ambulância, orientação ao trânsito e limpeza.

Já a Polícia Militar (PM), informou que não foi notificada oficialmente da festa. Segundo a assessoria da PM, a corporação fez uma ação – Operação 1ª Classe –, no Centro da cidade, com o objetivo de manter a ordem durante a festa. No entanto, como não houve comunicado oficial, a operação não teve efetivo divulgado e oficialmente será para garantir a segurança como um todo, não especificamente do evento. A Guarda Municipal mobilizou cerca de 40 agentes para fazer a segurança do Réveillon. Oito motos e sete carros circulam pela região do Largo da Ordem. Já a Polícia Militar faz blitz no local, orientando motoristas e pedestres.

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