segunda-feira

Zacarias, praça de muitas histórias

Ponto inicial dos bondes com destino aos bairros do Batel e Seminário, em 1948 (Acervo Cid Destefani)

Quem passa pela Praça Zacarias não tem ideia de muita coisa que é guardada e pouco divulgada na história de Curitiba. Por exemplo: o monumento com o busto de Zacarias de Goes e Vasconcelos, inaugurado em 19 de dezembro de 1915, tem em seu pedestal o primeiro bloco de mármore cortado no Paraná, em 1886 – sendo a sua base feita de granito oriundo da Serra do Mar – e, por sua vez, o semblante do ilustre conselheiro não condiz nada com sua fotografia. 

Monumento de Zacarias de Goes e Vasconcelos no centro da praça, em 1925 (Acervo Cid Destefani)

Outra peça histórica, danificada por sinal, é a do chafariz instalado naquele local, em 1871, pelo engenheiro Antonio Rebouças. Foi a primeira água encanada da cidade, vinda de uma fonte que ficava na atual Praça Rui Barbosa e que serviu o centro da cidade até os primeiros anos do século passado. Por muitos anos, esse chafariz esteve instalado no pátio do Museu Paranaense, quando funcionava na Rua Buenos Aires. 

A Praça Zacarias, que já foi nominada Largo da Ponte, em razão do pontilhão que existia sobre o Rio do Ivo, e também, mais tarde, como Largo Chafariz, tem muita coisa que para o cidadão comum ainda é mistério. Um deles é o porquê da denominação do rio que ali atravessa o seu subsolo. A denominação correta é: Rio do Ivo, em razão do mesmo transpor o quintal de um morador chamado Ivo, isso há mais de duzentos anos. 

A nossa Praça Zacarias merece pesquisa mais profunda sobre as coisas que ali existiram, assim como a preservação do que sobrou, apesar dos maus-tratos recebidos. Vamos ilustrar a Nostalgia deste domingo com antigas imagens daquele logradouro.

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